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Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Conflitos na comunicação.

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Sabe o que significa a palavra Ressentimento? Segundo o Dicionário de Língua Portuguesa (6ª Edição) da Porto Editora, “Ato ou efeito de ressentir (sentir novamente) ou de ressentir-se; lembrança dolorosa de uma ofensa recebida; melindre; rancor.”

Se você identifica um ressentimento, isso é OK é normal. Na sua perspetiva, qual é o motivo pela qual ainda valoriza o ressentimento do passado? É um ressentimento de “estimação” ou considera-se uma vítima? Quais as consequências negativas do ressentimento? Derivado ao ressentimento, atualmente, como é que lida com os sentimentos? Considera que o ressentimento afeta, as pessoas significativas, à sua volta? Considera que o ressentimento afeta a comunicação com os outros? É agressivo/a? É passivo/a?

A comunicação desempenha um fator crucial na existência entre seres humanos cuja aprendizagem decorre ao longo da vida. É assim, desde há milhares de anos. Atualmente, a comunicação é alvo de estudo em instituições e pessoas, estuda-se a comunicação em organizações, comunidades, no trabalho, na família e no individuo em recuperação da adicção.

Algumas dicas para a gestão de competências e conflitos na comunicação.

  • Assertividade é arriscar em ficar vulnerável e decidir com base na verdade.
  • Assertividade é utilizar critérios objetivos.
  • Assertividade é reciprocidade. Os seus pontos de vista são tão validos como os do outro.
  • Assertividade é fazer valer as suas competências e talento.
  • Assertividade é honestidade, escutar (refletir) e colocar-se nos “sapatos” do outro.
  • Assertividade é expressar os sentimentos e respeitar os sentimentos do outro.
  • Assertividade não é agressividade, passividade e ou manipulação.
  • Assertividade é definir limites nos relacionamentos.
  • Assertividade está associado ao desenvolvimento pessoal do indivíduo.
  • Assertividade é estar aberto à mudança e à adaptação da realidade.
  • Assertividade é escolher à vez, tirar à sorte e/ou deixar que a outra pessoa decida.
  • Assertividade é identificar o problema, em vez de atacar a pessoa.
  • Assertividade é centrar-se nas soluções em vez dos problemas (colocar barreiras à negociação/cedência).
  • Assertividade é conseguir antecipar os critérios, de ambas as partes, são legítimos realistas e específicos.
  • Assertividade é aprender a dizer não. Porque é que dizemos sim quando, na realidade, queremos dizer não?
  • Quais são os princípios associados à assertividade? De acordo com os princípios da assertividade, hoje quais foram as suas prioridades/limites?
  • Pode participar com ideias, mensagens e partilhas. Bem-haja

Literacia emocional e a comunicação

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Dica arte bem viver nº 184

Olá,

Segundo o dicionário da Língua Portuguesa a palavra literacia significa “capacidade para perceber e interpretar.”

Certamente já aconteceu, você tentar abordar um tema sensível e/ou complexo, com outra pessoa, e aperceber-se, ao invés de conseguir fomentar o diálogo aberto e honesto, o resultado da sua tentativa é precisamente o oposto. Gera-se um ambiente de tensão, discórdia e assumem-se posições individuais excessivamente inflexíveis e incompatíveis. Eis este caso. Consulta com um casal (esposo e esposa) onde ambos trocaram acusações, quanto aos erros que cada um cometia na educação da filha de 6 anos; o esposo acusava a esposa de ser permissiva e a esposa acusava-o de ser autoritário. Durante uma grande parte do tempo da sessão, persistiram nesta troca de acusações, tanto o esposo como a esposa, possuíam uma lista interminável de acusações. Cada um começava com a afirmação:  “Tu não…” ou “Tu és…” Este casal não reconhece entre si legitimidade (confiança) quanto aos critérios sobre a educação, ambos alimentam o ressentimento e a raiva através da culpa, vulgo acusação – na realidade aquilo que estão a dizer é:  “Tu é que és culpado/a de as coisas não estarem bem entre nós.” Será mesmo assim? Qual é o benefício que retiram para se culparem mutuamente?

A qualidade dos relacionamentos com as outras pessoas contribui para o auto conhecimento. Nesse sentido, seleccionei para si 8 orientações que visam promover e reforçar a comunicação e a literacia emocional.

 

Lidar com o imprevisto e com os erros

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Quando decidimos investir num projecto, a longo prazo, precisamos de contemplar o imprevisto e o erro.

É OK cometer erros

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É OK cometer erros porque não sabemos todas as respostas

 

Apesar dos planos, serem da nossa responsabilidade, o resultado final está fora do nosso controlo

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Podemos possuir boas intenções e fazer planos, mas não conseguimos controlar os resultados. A vida é dificil, precisamos de preparar-nos para o imprevisto, improvisando através de resiliência.

Entre o medo de comer e a vontade de comer demais

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Sofri de anorexia-bulímica durante 20 anos, até ao dia em que decidi procurar ajuda psiquiátrica (Outubro de 2017). Isto significa que passei mais de metade da minha vida a lutar contra duas doenças que fragilizaram fisiológica e psicologicamente durante as fases mais importantes da vida em termos de desenvolvimento pessoal – a adolescência e a primeira década da idade adulta. Já tinha 34 anos quando recorri a ajuda especializada.

Três meses depois de começar o tratamento – medicação e terapia – já me sentia mais capaz de me manter fiel a uma promessa que nunca sei se será para sempre: não praticar atos de compulsão alimentar seguidos de purga e não fazer restrição alimentar. Não é fácil abandonar por completo um vício que alimentei durante tanto tempo, pois os meus distúrbios alimentares, por muita dor física e emocional que me causassem, sempre foram a forma dominante de preencher um vazio interior que sempre senti.

Já tive recaídas desde então, mas isso não significa que fracassei, mas sim que ainda estou num processo de construção de auto controlo que me permita viver além deste vício e da fobia de engordar.

A dificuldade não está em decidir tratarmos-mos, mas sim em nos mantermos empenhados em cumprir essa resolução, por muito que nos custe dar esse salto de fé. Os meus distúrbios alimentares têm na sua base um transtorno de ansiedade crónico, posteriormente diagnosticado. Todos temos coisas dentro de nós por resolver e que nos causam ânsias, mas o importante é mantermos o foco no presente que podemos controlar e na construção de um futuro mais saudável e livre de fobias e vícios que nos impedem de viver plenamente.

Visite a pagina da Joana no facebook Tripolaridades - Ansiedade, Anorexia, Bulimia

Joana Marques

Comentário: Muitos parabéns Joana, por ter decidido quebrar o ciclo vicioso da doença e pedir ajuda, iniciando assim a recuperação, um dia de cada vez. Parabéns por lutar contra o estigma, a negação e a vergonha associados às perturbações do comportamento alimentar através da pagina do facebook. Obrigado por participar com a sua historia no blogue recuperar das dependencias. Recuperar é que está a dar, sucessos e tudo de bom!

106ª Dica Arte Bem Viver de 31.03.2013

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Olá

Sentimento de posse vs. Sentimento de pertença nos relacionamentos de intimidade.

 

Nascemos livres e morremos livres. A uma dada altura do desenvolvimento, por exemplo, no início da idade adulta, abraçamos o desafio de seguirmos as nossas próprias convicções, ideais, crenças, necessidades, valores, através da coerência e da integridade, reconhecido pelo nosso próprio cunho/identidade. O desenvolvimento pessoal depende da liberdade de escolha e expressão, mas por outro lado, dependemos de relações significativas; sistema complexo e (des) sincronizado de dinâmicas, enraizados na cultura da família, da comunidade e da sociedade.

 

O sentimento de posse é o oposto ao sentimento de pertença. Se somos livres, de acordo com os direitos humanos universais, qualquer ser humano não pode ser dominado/controlado pela obsessão do outro. Erradamente, existem tradições que evocam o amor (e o sexo) e a necessidade de se sentir íntimo e especial para alguém através do sentimento de posse; é um mito.

 

O sentimento de posse é alimentado pela exaltação sofrida, melodramática e os jogos psicológicos de domínio (amor dependente), onde exigimos ao outro a responsabilidade em satisfazer a nossa própria felicidade fantasiosa e as expectativas irreais (vitimização). Isto é, como não conseguimos preencher as nossas próprias necessidades básicas e estar seguros, exigimos ao outro que faça o trabalho por nós; “Se realmente gostas de mim… não deves fazer isto ou aquilo… e/ou tens que fazer aquilo que te peço/imploro senão fico a sofrer por tua causa”. Nestas alturas, fazemos exigências que ninguém pode satisfazer porque são as nossas ilusões e fantasias que alimentam o sentimento de posse. Sabia que a violência doméstica está associada ao sentimento de posse?

 

O sentimento de pertença reforça os afetos e os limites saudáveis nas relações porque existe a liberdade de ser; é um acordo mútuo, apoiado na confiança, na honestidade e na coesão, onde ambas as pessoas têm a legitimidade à sua individualidade, ao seu desenvolvimento e crescimento. Respeitam os limites e os compromissos do acordo; vivem abertos à mudança, à lealdade, à intimidade e aos desafios do dia-a-dia. As pessoas não permanecem estáticas, pelo contrário, as pessoas mudam e o mesmo acontece aos relacionamentos. É um processo orgânico onde não existem acordos com garantia vitalícia, dependem somente da liberdade. Os parceiros pertencem ao mesmo projeto/relação de intimidade (acordo) porque se revêm nos mesmos princípios, sonhos e objetivos.

 

Potencie o sentimento de pertença e repudie o sentimento de posse.

Exclusivamente, para si, votos de uma semana livre nos afetos

«O amor tem a virtude, não apenas de desnudar dois amantes um em face do outro, mas também cada um deles diante de si próprio.» Cesare Pavese

Cumprimentos

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Nota: caso você esteja interessado/a em receber a dica, na sua caixa de correio eletrónico, é simples, basta enviar um email para joaoalexx@sapo.pt  e escreva Dica Arte Bem Viver no assunto da mensagem . Todos os seus dados são confidenciais. Bem haja

O poder da escolha pessoal

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  • «Estou cansado de chorar,
  • Estou cansado de gritar,
  • Estou cansado de estar triste,
  • Estou cansado de fazer de fingir,
  • Estou cansado de estar só,
  • Estou cansado de estar zangado,
  • Estou cansado de sentir que estou louco,
  • Estou cansado de sentir que estou preso,
  • Estou cansado de sentir que preciso de ajuda,
  • Estou cansado de saber o que tenho que fazer,
  • Estou cansado de perder oportunidades,
  • Estou cansado de sentir que sou diferente,
  • Estou cansado de perder pessoas,
  • Estou cansado de sentir que não tenho valor,
  • Estou cansado de sentir um vazio dentro de mim,
  • Estou cansado de sentir que não consigo libertar-me,
  • Estou cansado de pensar que gostava de voltar atrás e começar tudo outra vez,
  • Estou cansado com a vida, que gostava, mas que nunca irei ter,
  • Acima de tudo, estou cansado de estar cansado.» Autor anónimo

Este texto reflete um rol de problemas na vida do individuo. Reflete a frustração, a desilusão, o remorso e a ausência de esperança. Reflete a impotência, característica daqueles que sofrem sintomas (físicos e psicológicos) da adicção activa, seja a substâncias psicoactivas do sistema nervoso central, vulgo drogas lícitas e/ou ilíctas, seja a comportamentos adictivos (jogo, compras, sexo, dependência emocional, internet/redes sociais, perturbação do comportamento alimentar). A impotência, incapacidade do individuo em controlar a adicção, é por si só uma fonte inesgotável de dor e sofrimento.

 

 

 

88ª Dica Arte Bem Viver (reeditada)

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Olá,

A importância do reconhecimento nos relacionamentos de intimidade. Todos nós almejamos o reconhecimento uns dos outros, em especial daqueles que desenvolvemos uma relação de intimidade.

 

Reconhecimento implica você valorizar e apreciar os aspetos positivos da relação/parceiro/a; em vez de centrar nas diferenças, nos defeitos de caracter e nos problemas, centra-se nas semelhanças, nas qualidades e nas soluções. Como sabemos, é mais fácil dizer do que fazer, porque na realidade, desde muito cedo, nas nossas vidas, aprendemos a desenvolver um exagerado sentido crítico em relação aos defeitos dos outros, isto é, funciona como um mecanismo de defesa que nos mantém alerta sobre o que pode correr mal e assim inviabilizar a relação; preparamo-nos para o pior, para não sermos surpreendidos ou dizendo de outra maneira «o ataque é a melhor defesa».

 

Quanto mais você se centrar nos aspetos negativos do seu parceiro/a, com o intuito de melhorar o comportamento dele/a, recorrendo á crítica excessiva, mais ele/a se sente avaliado e menos aceite, tal como é. Ninguém gosta da falta de reconhecimento e de ser sujeito à critica. Não estou a dizer que não devemos criticar o outro, pelo contrario, seria impensavel não haver critica ou conflitos numa relação de intimidade; os conflitos permitem que as pessoas evoluam e se adaptem umas às outras. Todavia, a critica excessiva, com o intuito de «deitar abaixo» poderá originar conflitos duradouros e corroer a confiança na relação de intimidade através da agressividade, raiva e ressentimento, desconfiança, indiferença. Se você está numa relação de intimidade o objetivo fundamental é legitimar e valorizar os aspetos positivos do seu parceiro/a, caso contrario, pode estar a deteriorar a relação.

 

Recorde-se do seguinte, aquilo que você valorizar, seja os aspetos positivos ou negativos do seu parceiro/a, acaba por se tornar o centro da sua atenção; as coisas têm o valor que nós decidimos que elas tenham.

  • Identifique características inesperadas e menos obvias no seu parceiro/a. Em conjunto com o seu parceiro, e envolvam-se em atividades, fora das rotinas e obrigações do dia a dia.
  • Elogie o seu parceiro, pelo sorriso, pela boa disposição, pelo carinho, pela disponibilidade, pela confiança mutua que nutrem um pelo outro, pelo afeto em vez da critica excessiva.
  • Seja criativo/a no elogio em vez de na critica.
  • Como é que você obtém reconhecimento do seu parceiro/a? e vice-versa? Precisamos do reconhecimento social afim de florescermos e desenvolvermos uma musculatura emocional resiliente, com esperança.

Votos de uma semana de reconhecimento mutuo.

 

Cumprimentos

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67ª Dica Arte Bem Viver

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Olá,
é desde a nascença que aprendemos a monitorizar, a gerir as competências individuais e sociais e os recursos quanto ao sofrimento. Apesar de sabermos que o sofrimento faz parte da condição humana, aparentemente, é confuso avaliar os limites do sofrimento. Isto é, saber a diferença, quando o sofrimento é útil, catalisador da mudança e maturidade vs. sofrimento disfuncional, autopiedade (vitimização), controlo e gerador de mais sofrimento.

Na maioria das vezes, sofremos de forma inútil. Não se aprende nada, não se muda nada, com a agravante de aumentar a tolerância à pena, que sentimos de nós mesmos - mártir. Sofrer, como condição autoimposta, não justifica a nossa existência e/ou determinados valores/princípios; evocam-se causas nobres, mas na realidade, nada muda; como ser humano. Continua tudo na mesma, com tendência para piorar e gerar mais sofrimento e drama às nossas vidas. “Os homens (mulheres) não se medem aos palmos.”

Qual foi a lição (aprendizagem) mais recente, que você passou, em relação ao sofrimento?

Se está numa fase dolorosa da sua vida, defina um propósito, isto é, qual é o sentido para o seu sofrimento? O sofrimento acrescenta valor à sua vida?

  • Gestão das emoções dolorosas
    Procure soluções ao enfrentar os problemas. Como sabe, as coisas têm o valor que nós decidimos que elas tenham. Se der demasiada atenção aos problemas insolúveis; o mundo irá conspirar contra si. 

    Não procure agradar e dizer Sim, quando, na realidade, quer dizer Não. Seja o mais honesto/a e autentico consigo, possível.

    Não faça da sua vida, uma antecipação de cenários catastróficos. Não confie sempre nos seus pensamentos e nas suas emoções. Você é aquilo que faz com os pensamentos e sentimentos; não aquilo que sente e ou pensa, irracionalmente.

    Defina metas realistas, específicas e objetivas. Se quer atingir os seus sonhos, é preciso sair da zona de conforto, tire partido de todas as oportunidades (arrisque).

    Procure, nas pessoas de confiança, uma oportunidade para receber feedback (escuta activa).

    Invista na  auto estima; dignifique os seus valores/princípios (pilares).

Votos de uma semana em harmonia; momentos de felicidade e gratidão.

Cumprimentos

 

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