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Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Facilitador/a financeiro - "Patrocinador"


Um dependente financeiro (D.F.) precisa de um facilitador financeiro (F.F.), a que apelido de “Patrocinador”, assim como, um facilitador financeiro precisa de um dependente financeiro. Este relacionamento pode gerar atitudes e comportamentos de dependência disfuncional entre ambos e caso existam, as crianças também são prejudicadas. Qualquer dependência patológica (perda do controlo) afecta todas áreas da vida de ambos parceiros (ex. casal), refiro-me à inexistência de por ex. da confiança, da comunicação honesta, a auto-estima, assertividade e à intimidade.

Pena de si mesmo e o síndrome do salvador/salvadora  

O indivíduo que “patrocina” financeiramente exerce um papel semelhante ao co-dependente (parceiro/a do individuo dependente de drogas, incluindo o álcool) exerce na vida de um alcoólico ou dependente de drogas, isto é, sente-se realizado ao participar activamente na solução dos problemas do outro – uma missão impossível (mito dosalvador, herói, controlo), descorando as consequências que essa facilitação – patrocínio - surte na sua vida pessoal e social. Na realidade, não só coopera na progressão da doença da adicção activa como se prejudica a si mesmo. Já acompanhei indivíduos co-dependentes tão disfuncionais (ex. deprimidos, ansiedade aguda, pânico, segredos – “vida dupla”, isolamento, mentira) como o próprio dependente de drogas.

 

Perda de controlo e o medo daquilo que os outros pensam

Os F.F. emprestam dinheiro em detrimento das suas próprias finanças. Sacrificam a segurança e a estabilidade do seu capital em benefício dos outros (dependentes financeiros). Não são assertivos o suficiente para recusar (dizer NÃO) aos pedidos relacionados com dinheiro, inclusive recorrem a empréstimos ou ficam endividados, visto não possuírem recursos suficientes para liquidar essas dívidas. Na maioria dos casos, depois de presentear o D.F., de “bandeja” com capital pretendido, os F.F. sentem raiva e ficam ressentidos, pela sensação de que os outros estão a tirar partido das suas fraquezas (abuso/vitimização). Aparentam sentir-se culpados por ter dinheiro e buscam o alivio das suas emoções dolorosas; invocando o bem/dar (altruísmo, o desprendimento de bens materiais, a solidariedade, a tolerância) – para prejuízo pessoal e beneficio dos outros. A percepção da sua auto-estima (auto conceito) é disfuncional, confundindo intimamente com a a causa em ajudar (facilitar) o outro.

O FF identifica-se como pessoa com valores e princípios, por ex. altruísmo, abnegação, solidariedade, apoiar os mais “fracos” e “desprotegidos”. Todavia, tal como acontece com ao codependente, que patrocina o consumo de drogas ou álcool, o facilitador financeiro não só afecta as suas próprios recursos financeiros como também adopta comportamentos permissivos e facilitadores que contribuem somente para adiar e interferir negativamente na recuperação do individuo dependente - “Tapa os buracos causados pelo dependente financeiro” e sente-se responsável por isso. Reage segundo impulsos e crenças disfuncionais.

Qual ou quais as consequências na vida de um F.F. quando proporciona ao outros aquilo que não tem, mas que engendra esquemas para ter? Sente-se desiludido, vergonha tóxica e sentimentos de culpa, ressentido e angustiado por perder o controlo do seu próprio comportamento.  

 

 

 

 

 

 

Impotência: agente “catalítico” de mudança

A maioria dos indivíduos com distúrbios financeiros, reconhece a nível intelectual o básico de forma a manter uma situação financeira estável e duradoura ex. poupar para o futuro, não gastar mais do que aquilo que ganha e aprender a usufruir do sucesso financeiro de uma forma responsável e autónoma.

Todavia, como qualquer outro tipo de comportamento adictivo, a informação ou o conhecimento sobre uma gestão equilibrada das suas finanças pessoais não é de todo suficiente para mudar o comportamento disfuncional. Para a maioria dos dependentes de substâncias, incluindo o álcool, o sinal de alerta surge da pior forma, por ex. problema de saúde ou legais, separação ou divorcio, perda do trabalho.

Caso identifique comportamentos disfuncionais, que ao invés de proporcionar qualidade de vida, proporcionam tristeza, preocupação exagerada, ansiedade e solidão, peça ajuda.

A solução deste tipo de problemas e do sofrimento não está obviamente nos outros. Somos nós próprios que precisamos de mudar e viver a vida de acordo com princípios e valores, em vez de viver em função de pessoas e coisas.

 

 

 

Dependência financeira

 

Nos tempos que correm a dependência financeira atinge dimensões serias e em alguns casos torna-se crónica, equiparável a viver com uma “doença para o resto da vida”, com a probabilidade de se manter activa de geração em geração.

Comportamentos adictivos e a perda de controlo

A dependência financeira é frequente em indivíduos que apresentam comportamentos adictivos, assim como as suas famílias (ex. drogas lícitas, incluindo o alcool, e ilícitas, o jogo, sexo, compras - shopaholics, shoplifting-furto, codependência). Recordo inúmeros casos em que um membro de família dependente de drogas, incluindo o álcool, e jogo afectou drasticamente todo o orçamento, recursos e o património familiar com o consentimento e permissividade de alguns membros da família. A vergonha tóxica, a raiva e o ressentimento, a obsessão e a compulsividade instalam-se e deterioram as relações familiares (homeostase).

A perda total do controlo associado ao dinheiro é uma das consequências mais significativas e dolorosas na vida de um indivíduo, seja dependente/adicto ou não por ex. atraves da falta de uma gestão responsável e construtiva, falta de autonomia dos seus recursos financeiros, bem como, a necessidade de viver dependente do ponto vista financeiro de outra/as pessoa/as e ou instituições. Alguns indivíduos adoptam comportamentos relacionados com dinheiro que não coincidem com os valores, ideais e ou objectivos pessoais e sociais, susceptíveis de sabotar todo e qualquer plano de estabilidade financeira (ex. poupanças). Representam, num contexto social, um status associado a um estilo de vida fausto, vivendo de mentiras, manipulações, ideais irrealistas, de créditos bancários acumulando dividas acima das suas possibilidades, efeito “bola de neve”.

 Uma gestão financeira caótica

A dependência financeira pode manifestar-se de várias formas desde o financiamento recorrente para projectos (ex. através de instituições de crédito) até ao património familiar. Nos últimos anos, a dependência financeira tem aumentado principalmente na camada jovem visto estes dependerem dos seus progenitores para satisfazer as suas necessidades. A incompetência e a perda de autonomia em atingir a independência ficanceira pode ser uma fonte enorme de pressão na vida de um indivíduo afectando negativamente a sua motivação, a criatividade e o desejo de auto-realização.

Alguns indivíduos dependentes de recursos financeiros cujo patrocínio advém da sua família ou amigos identificam uma sensação desconfortável amarga; devem um “favor pela ajuda”. Este preço (dívida) pode tornar-se demasiado desconfortável, transformando-se numa fonte de raiva e ressentimento, contudo quando reflectem sobre a possibilidade de prescindir e aliviar-se deste “fardo”, sentem altos níveis de ansiedade, forçando-os a recuar, adoptando uma postura passiva e/ou submissa de forma a manter o “jogo/dança” e a ambivalência. Valorizam mais o benefício imediato, quando conseguem mais um financiamento, do que o custo das emoções desconfortáveis e comportamentos relacionados com o autonomia e auto-realização.


Dependência financeira a quanto obrigas

A dependência financeira é uma das razões principais senão a mais importante para as mulheres permanecerem em relações românticas abusivas. Nos EUA, um estudo revelou que 46% das vítimas de violência doméstica, após períodos de violência, regressam ao ciclo de abuso quando voltam para os seus parceiros violentos por falta de poder/autonomia financeira (Anderson, e al. 2003).

O dependente financeiro, visto apresentar um défice na gestão e autonomia dos seus recursos, necessita de um ou vários facilitadores financeiros/ patrocinadores de forma a satisfazer as suas necessidades. Ambos “caminham de mão” dada e não abdicam deste “jogo/dança” de representações.

A razão da existência de um realça a importância do papel do outro na relação - uma mão lava a outra.

Para aqueles individuos que identificam motivos razoáveis para alterar padrões e crenças disfuncionais perante a possibilidade de mudança sentem ansiedade e o medo do desconhecido suficientemente forte para cristalizar a motivação - novas atitudes e novos comportamentos. Todavia, quando estas emoções são enfrentadas, com um misto de medo e coragem (fugir para a frente) assume-se uma decisão/atitude irrevogável, baseada na crença de que a emancipação individual compensa, a médio e a longo prazo (dependência vs independência).

A vida encerra segredos que só são revelados aqueles que arriscam.

Partilha / A Esperança de um novo modo de vida

"Olá! Sou a Marta e sou uma adicta em recuperação limpa de drogas há 9 anos e dois meses.

Gostava de partilhar aqui neste blogue um pouco sobre a minha experiência.

Na minha opinião, para interromper a dependência das drogas, em primeiro lugar temos de admitir a nossa adicção e a impotência perante as drogas e que precisamos de ajuda.

Assim sendo, com força de vontade e através da identificação de pessoas com os mesmos problemas, consegui parar de usar drogas e, parar para pensar; se estas pessoas conseguem eu também iria conseguir!

È possível recuperar um modo de vida saudável, pensando um dia de cada vez, procurando as ajudas certas e especializadas.

Quem deseja recuperar da dependência consegue, MAS É PRECISO QUERER, comigo foi assim.Tive um percurso de drogas curto e duro.

Deu para ver muito rapidamente o que é o fundo do poço e levar ao desespero aqueles que mais gostam de mim. No entanto, a verdadeira lesada, magoada e cansada daquela vida era apenas eu, estava a destruir-me lentamente, dia após dia.

Só eu é que poderia mudar a minha vida, obviamente com ajuda de outras pessoas, pois sozinha não seria capaz. Finalmente, consegui deixar de viver naquela profunda solidão em que me encontrava.

Neste programa, conheci pessoas maravilhosas que me mostraram o lado bom da vida e o quanto é bom estar abstinente e em recuperação.

Hoje, sei que não estou sozinha  é muito bom sentir isso.     

Estou muito agradecida a este programa de recuperação dos 12 Passos de Narcóticos Anónimos.

Marta

Comentário: Gostaria de agradecer à Marta a sua amabilidade em partilhar connosco a sua experiência pessoal. Creio que para aqueles que desejam recuperar das dependências (comportamentos adictivos) a Esperança de um modo de vida diferente e saudável é aquilo que mais ambicionam, um dia de cada vez. Afinal, é possível viver abstinente de substâncias e feliz. A recuperação duradoura, no caso da Marta, é motivo de júbilo e de realização pessoal. Os meus parabéns e Recuperar É Que Está a Dar.

 

Compras compulsivas - Shopaholics

Qual é o problema associado às compras? Será assim tão grave?
Nem todas as pessoas que gastam dinheiro em produtos, acessórios ou equipamentos apresentam um problema de comportamento. Quem é que resiste aos saldos? Quem é que resiste a umas compras no centro comercial? Quem não pensa “Bolas, hoje tive um dia muito difícil mereço uma prenda”.
 
Identificar atitudes e comportamentos
Na realidade, ainda existe alguma controvérsia quanto ao estudo e ao diagnóstico, todavia é evidente que existem casos de indivíduos que necessitam de apoio e orientação. O meu principal objectivo é alertar as pessoas, de forma a que consigam PARAR e reflectir sobre a perda de controlo em relação ao frenesim, ao desassossego e às consequências negativas do seu comportamento associado às compras. Conheço alguns casos de pessoas que desenvolvem a compulsão das compras – “culto”. Algumas reconhecem este padrão de comportamento disfuncional, como uma bóia de salvamento - nos momentos de angústia, de raiva, frustração, tristeza, solidão. O problema não é as compras ou o dinheiro, somos nós que adoptamos comportamentos que geram comportamentos disfuncionais e adictivos.
  
Um estudo realizado nos EUA revela que este problema afecta 5.8% da população (Koran, e tal 2006) e é tão comum como a depressão. Os indivíduos com este distúrbio não conseguem deixar/parar de pensar sobre a sua necessidade e preocupação frequente, em fazer compras.
  
Recordo um caso de uma pessoa que admitia a sua impotência em que antes de entrar no centro comercial, afirmava para si proprio, "Hoje não vou gastar um centimo em compras. Vou só passear." Passado uns minutos surgem aqueles pensamentos irresistíveis que precipitam as compras e o individuo cede a um conjunto de justificações, e afirma "Preciso de comprar...é só uma. Não resisto às compras. Mais tarde quando chego a casa sinto-me desconfortável e triste por gastar dinheiro em coisas que não preciso e por perder o controlo.”
 
Fases do comportamento problema
Os indivíduos com comportamentos compulsivos às compras agem mediante impulsos irresistíveis, a obsessão e ficam incapacitados de controlar os seus comportamentos (perda total de controlo). Recorrem às compras para se libertar da pressão diária e buscam o alívio (gratificação imediata) das emoções “privadas” dolorosas, por ex. ansiedade, dor, tristeza, frustração.

O Dr Raymond Miltenberger identificou quatro fases no comportamento compulsivo às compras
1. Antecipação: pensamentos, anseios e preocupação sobre o acto de comprar algo especifico – ex. o produto em causa que foi identificado previamente.
2. Preparação: contemplar o plano das compras; onde e como, e os métodos de compra (dinheiro, cartão de debito ou cartão credito).
3. Compras: fazer as compras; aquilo que define como entrar no frenesim intenso e ou êxtase - “pedrada”
4. Pagamento: o acto de pagar interrompe a encerra a actividade frenética das compras acompanhadas por uma sensação de vazio, remorso e frustração.
 
A compulsão às compras equipara-se ao efeito das drogas no cerebro do individuo. Quando um indivíduo antecipa uma ida às compras doses elevadas de dopamina (neurotransmissor responsável pelo prazer) invade o seu cérebro. Estão assim criadas as condições para iniciar os comportamentos adictivos. Este ciclo disfuncional, onde se compra para obter a gratificação imediata, mais tarde, sente o remorso e a culpa, associado às compras depois reinicia um “novo” ciclo adictivo de compras. O dia-a-dia é passado a pensar em dinheiro, compras, produtos, preços, lojas, revistas, compras online, cartão de crédito, artigos, etc.
  
Fazer compras proporciona níveis altos de excitação e uma sensação de “pedrada” (êxtase). Todavia porém, após este período intenso surge uma oscilação drástica de humor, sensação de vazio e frustração, capaz de gerar baixa auto-estima, remorso, sentimento de vergonha tóxica e culpa. Para o indivíduo compulsivo às compras gastar dinheiro é semelhante ao alcoolismo e á dependência das drogas com consequências emocionais e sociais muito semelhantes. Alguns estudos nesta área revelam que os indivíduos compulsivos às compras sentem mais ansiedade, depressão, comportamentos obsessivos-compulsivos e baixa auto-estima comparativamente aos indivíduos compradores não compulsivos.

Se a progressão do distúrbio não for interrompido, através de tratamento, pode culminar num agravamento das consequências por ex. dividas, hipotecas, problemas nas relações intimas e/ou românticas, divórcio, dificuldades serias na concentração no trabalho e em alguns casos problemas legais.

Em muitos casos, os compradores compulsivos, arranjam patrocinadores (amigos/as, maridos ou mulheres, pais, etc.) de forma a conseguir consumar e manter os seus devaneios e os seus comportamentos adictivos.

Hepatite C - doença silenciosa

A Hepatite C (Hepatitis C Virus - HCV) não apresenta sintomas, por isso, a melhor forma de tratar é fazer o despiste.
Clique no link:

 

tv1.rtp.pt/noticias/

 

As Dependências associadas ao dinheiro

Considero oportuno, visto alguns milhares de portugueses atravessarem tempos conturbados de desconfiança, de desespero, de reflexão, abordar um assunto polémico e ambíguo. Refiro me ao dinheiro e aos distúrbios a ele associados na nossa sociedade. São os momentos difíceis, de dor e privação que influenciam (aprendizagem) o nosso comportamento, refiro á relação entre o sofrimento e a motivação para mudança. Se nada muda; tudo fica na mesma.

 

Dependemos do dinheiro. Não podemos prescindir dele, assim como acabamos por permitir que nos influencie, cada caso um caso, seja de uma forma negativa (ex. ganância e cobiça) ou positiva (integridade, decência) sobre as nossas atitudes e acções. Podemos desenvolver uma relação de amor e ódio, parece ser um assunto tabu recheado de falsas crenças e mitos. Na minha opinião, o problema não é o dinheiro; mas sim aquilo que as pessoas pensam e fazem com o ele. Recordo um caso de uma pessoa que afirmava “Na minha família, ninguém podia mostrar dinheiro vivo, deve permanecer oculto – circulava debaixo da mesa.”

 

Qual é o comportamento das pessoas perante o dinheiro ou a falta de dele, numa cultura que promove e incentiva o consumo e o estatuto, associado ao prestigio, ao sucesso e ao poder?

 

Tenho constatado que o dinheiro e os comportamentos adictivos são temas transversais na nossa sociedade. Precisamos de dinheiro para viver e algumas pessoas precisam de dinheiro (extra) para "alimentar" a sua adicção activa ao longo das suas vidas, sejam substâncias (drogas lícitas, incluindo o álcool e a nicotina, ou ilícitas) e/ou comportamentos adictivos (jogo, compras - shopaholics, trabalho, sexo, distúrbio alimentar, shoplifting - furto). Nesta “indústria da adicção”, anualmente milhões de euros são despendidos em drogas (licitas e ilícitas), álcool, sexo, jogo, trabalho, furtos, compras e comida, assim como milhares de pessoas estão envolvidas direta e/ou indiretamente nesta problemática/adicção activa. De que forma a sociedade e a cultura são influenciadas pelas dependências associadas ao dinheiro (capital)? Os fins, obter prestigio, estatuto e sucesso financeiro, justificam os meios, pouco convencionais e/ou ilícitos?

 

Todos nós conhecemos alguém que apresenta uma incapacidade em gerir responsavelmente os seus recursos financeiros, mas podemos não saber qual a raiz do problema. Pode retirar dinheiro do seu ordenado, pedir dinheiro emprestado, enganar ou rouba de forma a manter a sua adicção activa -“Não olha a meios para atingir os fins.”