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Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Escolhas de vida, Vida de escolhas

A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis convida Vossa Excelência para o Colóquio
"Escolhas de Vida, Vida de Escolhas", integrado no Dia Mundial de Luta Contra a Droga,
que se realiza no dia 26 de Junho de 2009, pelas 16 horas, na sala polivalente da Biblioteca
Municipal Ferreira de Castro, em Oliveira de Azeméis.

Oradores:
Luís Almeida Vasconcelos – Técnico Superior do Instituto da Droga e da Toxicodependência e Investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) – Universidade de Lisboa

Augusto Pinto – Médico do Centro Regional de Alcoologia do Centro – Instituto da Droga e da
Toxicodependência

João Alexandre Rodrigues – Técnico de Comportamentos Aditivos

Comentario: Recuperar É Que Está a Dar esteve em Ol. de Azemeis. Agradeço ao Raul e à Camara Municipal o convite para participar como orador neste coloquio sobre o tema das dependências.
Estas oportunidades são extremamente uteis, porque para além da aprendizagem e experiencia profissional, é uma oportunidade unica para se estar em contacto com o publico interessado nesta materia.

Dia Nacional da Recuperação da Dependência de Substâncias

Aproveito o dia de hoje, alusivo ao Dia Mundial Contra a Droga para valorizar todos aqueles, sem exepção (homens, mulheres, incluindo os mais jovens) que estão em recuperação das Dependências (novo e saudavel estilo de vida) e que contribuem para uma sociedade melhor, sendo membros dignos e activos nas suas familias e na nossa comunidade - "sobreviventes".

Na minha opinião, esta "guerra contra a droga" é uma "ferramenta" politica sem qualquer efeito pratico e concreto. Não "cola" e as pessoas realmente não percebem o que se passa. Não acho que seja possivel algum dia, erradicar a droga da nossa sociedade. É uma rede demasiado complexa que sobrevive e irá manter-se activa - é uma "guerra fantasma".


Existem institições, profissionais e pessoas anónimas (rostos e vozes) que assumem um compromisso honesto e abnegado para a RECUPERAÇÃO das dependências, em vez de procurarem somente o lucro e o prestigio.

Capital de Recuperação das Dependências é: Resiliência, compromisso, honestidade, entre-ajuda, espiritualidade, responsabilidade, tolerância, determinação, altruismo, amizade, motivação, liderança, fé e esperança, equilibrio, emoções, impotência e entrega, trabalho e gestão financeira, dor e perda, familia e sociedade.

Partilha / Apanhada na rede

Tenho 35 anos e nunca consumi drogas. Namoro há cerca de 2 anos com o Alberto (nome fictício), de 38 anos. O problema é o facto de me ter apercebido que o Alberto tem um problema com drogas. Sempre soube que ele consumia drogas desde a adolescência ( todas !) mas, desde que estamos juntos, pensei que  fosse uma questão controlada e meramente social. Ou seja, sabia que por vezes, quando saía com os amigos, ao fim de semana costumava consumir cocaína.


Nos últimos meses, percebi que na verdade não é assim. O Alberto consome cocaína e por vezes cannabis todos os fins-de-semana. Em ocasião social "apropriada" ou não. Por mais que tente demove-lo ele nunca conseguiu resistir ou cumpre o prometido.

 Isto está a afectar gravemente a nossa relação, e mais importante que isso, estou certa que ele tem um problema e não sei como ajudar, até porque ele não o reconhece. É complicado falar com ele sobre este assunto, mas nas poucas vezes em que consegui, o que ele me disse foi: "Não tenho nenhum problema com drogas, o problema que tive com drogas está resolvido há 10 anos. Neste momento o único problema que tenho com drogas… és tu. Consumo drogas quando me apetece porque gosto, não me sinto mal e isso não afecta a minha vida profissional."

 Já tentei várias coisas para tentar demovê-lo, já pedi a amigos que sei que ele tem em conta que o aconselhem. Nada tem resultado. Não sei o que fazer. Nesta altura, a única coisa que me parece restar é contar à mãe do Alberto (ela sabe que ele teve problemas com drogas na adolescência e pelo que sei fez o que estava ao alcance dela e na altura pareceu resultar.). Tenho receio por outro lado que isto degrade de vez a nossa relação e também a relação dele com os pais, agora que tem 38 e não 18! E seja ainda pior. Pode dar a sua opinião sobre este assunto? Há alguma coisa que me aconselhe?
Desde já muito obrigada pela sua opinião e ajuda.
Subscrevo-me

Isabel (nome fictício)

 

 

 

Adicção ao sexo - A perda do controlo é um sintoma

Comportamentos disfuncionais (adicção) acerca de sexo podem interferir negativamente e tornar caotico a vida daqueles que "alinham" no prazer imediato e no frenezim gerado por esta energia "poderosa". A vergonha, a impotencia e a perda de controlo paralelamente à obsessão e à compulsividade são sinais de adicção. Sabia que o sexo é uma fonte natural de prazer? Qual é o limite que é preciso ultrapassar de forma a que o sexo seja uma fonte de sofrimento?
È possivel interromper este frenezim constante e "indomável"atraves da rendição, pedindo ajuda.
O actor da famosa serie X-Files, David Duchovny pediu ajuda.

Ver link e comente:

www.youtube.com/watch

 

Jornal Expresso - a negação e o alcoolismo

Não posso deixar de expressar a minha estupefacção ao ver publicado no Jornal Expresso de sábado (06/06/2009), do qual sou leitor, num dos cadernos - Actual, um artigo sobre um conhecido artista, que não vou referir o nome, visto a minha critica ser direccionada ao trabalho jornalístico, na abordagem à problemática do álcool. Segundo a jornalista a dependência é realçada, mas desvalorizada no conteúdo.

Sendo o referido artista uma figura publica e segundo a notícia estar a viver “…o auge da sua popularidade.” parece completamente descabido, visto parte significativa do artigo, fazer alusão ao alcoolismo em jeito de novela, apelando ao glamour antiquado e desfasado da realidade, alusivo ao sexo, drogas e rock`n` roll característico do meio artístico, em Inglaterra e nos EUA nos anos 60. Esta máxima tornou-se moda, perpetuando-se no tempo, afectando negativamente a vida de milhares de artistas - homens e mulheres - e pessoas anónimas. Infelizmente, muitos deles já não fazem parte do mundo dos vivos, felizmente outros permanecem em recuperação (mudança de estilo vida) das suas dependências. Qualquer profissional ou indivíduo dedicado e comprometido com a recuperação das dependências rejeita este tipo de jornalismo nos dias de hoje.

O alcoolismo é uma doença grave que afecta milhares de pessoas e famílias inteiras, incluindo as crianças. È um problema de saúde publica em Portugal. Segundo alguns dados existem 1.800.000 indivíduos com problemas com o álcool em Portugal. Apesar de a nossa cultura continuar a reforçar o consumo e o abuso do álcool, não será digno para aqueles que sofrem de alcoolismo, esta doença ser tratada com o devido respeito? Sim, claro.

É urgente “desmontar” e descodificar estes mitos, crenças e novelas que teimam em permanecer resistentes na nossa cultura sobre as dependencias de substâncias psicoactivas lícitas, inlcuindo o alcool e as ilícitas, parece existir pessoas e instituições interessadas em “imortaliza-los”, infelizmente os meios de comunicação social são peritos em gerar a confusão nesta materia em vez de prestarem um serviço digno e especializado às pessoas. É indispensável proteger as crianças e os adolescentes vulneráveis, que idolatram os seus ídolos, a estes fenómenos culturais/artisticos disfuncionais, e assim prevenir novos casos de dependência. O problema das dependências não acontece só aos outros. Na realidade, todos nós conhecemos casos de excelentes artistas que sucumbem à dependência activa e que são notícia pelos piores motivos.
 
Em 1993, encontrava-me em formação em Inglaterra, num centro de tratamento em regime de internamento para indivíduos com dependências. Um dia, num dos muitos grupos de terapia, assisti a algo insólito mas realista e profundo nas dinâmicas transformadoras e motivadoras geradas no tratamento e na recuperação (mudança de estilo de vida) das dependências. O grupo era composto por 12 membros/pacientes e dois técnicos. Um dos pacientes e membro daquele grupo, um artista inglês conhecido, que por razões óbvias vou preservar a sua identidade, estava internado por motivos relacionados com a dependência do álcool.
 
Este artista inglês iniciou o grupo de terapia, parecia inquieto e ansioso, admitia perante si e o grupo a verdadeira dimensão e as consequencias negativas do alcoolismo “Ao longo da minha vida o álcool sempre me acompanhou e a ele recorri para me apoiar, era a minha muleta e o meu fiel amigo. Bebia para lidar com as minhas emoções dolorosas; medo do sucesso, da exposição pública, das pressões, da tristeza, da dor e da ansiedade. Refugiava-me na negação do problema, não reconhecendo as consequências negativas, mais que obvias, na minha vida e na vida dos outros à minha volta. Hoje, aqui internado fico assustado ao pensar como será depois do tratamento? Como irei fazer o meu trabalho e viver sem o álcool? Serei a mesma pessoa? Não sei, se consigo suportar a pressão do dia-a-dia sem o álcool. Sinto medo de falhar, nesta fase de mudança minha vida.” Um dos membros do grupo, com alguma experiencia de recuperação, retorquiu de uma forma espontanea e apropriada; “Sei perfeitamente o que queres dizer. Já pensaste em mudar de carreira, se for necessario de forma a manteres a tua recuperação em primeiro lugar? Se a mudança/abstinência significar melhorias na tua vida, estás preparado para abdicar do estilo de vida que levavas antes?

Obviamente, para o leitor comum esta questão pode soar a algo descabido. Como é que um artista, no auge da sua popularidade, pode abdicar da sua carreira? Todavia, a questão principal, que aquele indivíduo pretendia colocar ao artista, até que ponto estava determinado a mudar de atitudes e comportamentos em prol da abstinência/recuperação?

A recuperação duradoura implica uma mudança de estilo de vida que possa estar enraizado com o problema das dependências. Para um alcoólico deixar de beber é uma mudança radical e assustadora. Derivado ao alcolismo conheci alguns alcoólicos que perderam a família e o trabalho, ao invés de parar de beber.

Ao ler o artigo do Jornal Expresso senti tristeza e compaixão pelo sofrimento do artista portugês - da sua negação em relação à sua doença, e da sua família que é afectada pela dependência. Faço votos, que encontre o seu caminho de recuperação, para o seu próprio bem, o mais depressa possível.
 
“It only looks like the good life…”

Psicologo de Harvard Nega Conceito de Doença da Adicção

Segundo um psicologo de Harvard afirma que a Adicção não é uma doença. Os individuos que sofrem de dependências conseguem controlar os seus comportamentos.

Ver link (em inglês) e comente:


www.thestar.com/news/insight/article/635237