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Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

O processo destrutivo pode ser interrompido

Algumas perspectivas, vozes e caras sobre a adicção e recuperação, na UKESAD.
Siga o link e comente em Recuperar das Dependências
 

www.inexcess.tv/

 

A Arte aliada à recuperação II



"River of Tears" por Carmen Beecher,Satellite Beach,Florida, EUA


 




 


 

 
"My Pill Girl" por Jamie Fales, East Islip, New York, EUA




 


 

Uma viagem do inferno...até à Esperança

Após a oportunidade de ajuda (atraves de uma mão amiga)...surge a esperança.
Para quem vive no "inferno" da adicção activa, sonha que um dia, mesmo remoto...possa tornar-se realidade.
Veja o trailer e comente em Recuperar das Dependências.

 

www.lostinwoonsocket.com/trailer.html

 

Recuperar é receber e dar apoio digno e valido

Recuperação é assim... "Nothing Else Matters"
Porque um dia também podemos precisar, afinal estamos todos vulneraveis às adversidades da vida.
Veja o vdeo do Ytube do vocalista dos Metallica, James Hetfield:

http://www.youtube.com/watch?v=sv7E7QWsr1A&feature=fvsr

because nothing else matters... recuperar é que está a dar

Merecem algo melhor do que o pior que podem aguentar

 
As necessidades das crianças são negligenciadas
As crianças, cujos lares são afectados pela adicção, um dos pais ou ambos são adictos (drogas lícitas, incluindo o alcool, e/ou ilícitas, o jogo, distúrbio alimentar, sexo, trabalho, compras - shopaholics, furto - shoplifting, codependencia) são inseguras e carentes de afectos e “desligadas” das suas verdadeiras emoções – ex. abandono e inadequação.

Nos primeiros anos de vida, estas crianças apresentam problemas de comportamento em casa e na escola. No ensino primário surgem problemas de literacia (escrita e leitura). Durante a adolescência as dificuldades nos relacionamentos com os professores e/ou grupo de pares transformam a escola numa experiencia adversa que culmina com o insucesso escolar. Este tipo de experiências, sem a monitorização parental, pode desencadear atitudes e comportamentos que conduzem à delinquência juvenil.

As crianças quando expostas aos comportamentos adictivos podem ficar incapacitadas, a nível competências individuais e sociais, a fim de se realizarem como indivíduos, como consequência de ambientes familiares caóticos. Convém salientar que, na maioria dos casos, os comportamentos adictivos surgem associados (comorbildiade) a outros tipos de problemas de saúde mental; a ansiedade e/ou a depressão, também podemos acrescentar o  isolamento social, problemas nos relacionamentos (ex. falta de intimidade e desconfiança) e a violência doméstica.

Obviamente, este tipo de comportamentos caóticos coloca toda a família numa enorme pressão que pode se perpetuar – paradoxalmente, é encarado algo normal e familiar (homeostase).
 
Os ciclos disfuncionais “escondidos” – segredos de geração em geração.
Para uma grande parte dos pais que exibem comportamentos adictivos, também podem ter sido “vítimas” de adversidade durante a sua infância. São oriundos de um sistema familiar caótico. Estes pais podem ter ficado afectados psicologicamente e pouco preparados para proporcionar um ambiente familiar seguro, equilibrado e com afectos genuínos e saudáveis aos seus filhos. Infelizmente, existe a crença generalizada, associado ao estigma, de que é mais grave para uma criança ter um pai alcoólico ou drogado do que um pai apresente comportamentos adictivos em relação ao sexo ou trabalho - workaholism. É um mito porque na maiorias dos casos o desenvolvimento da criança é negligenciado pelos progenitores. Conheço crianças cujos pais nunca usaram drogas ou álcool, mas são adictos ao sexo. Estas crianças, apresentam problemas sérios no seu desenvolvimento, ex. inadequação, baixo rendimento escolar e agressividade.

 
Segundo Dawe, (2007) quando estes pais iniciam actividades criminosas e ou ilegais relacionadas com os comportamentos adictivos torna-se muito difícil encontrar recursos que contribuam para um estilo de vida saudável.

É preocupante, porque o risco de estas crianças, que crescem em ambientes familiares caóticos, serem sujeitas a vários tipos de abuso é elevado, em particular a negligência (National Center on Addiction and Substance Abuse 1999; Walsh, 2003) .

Segundo Chaffin, (1996) após 12 meses de abuso de drogas por um dos progenitores existem fortes indícios para o abuso e negligência do/os filho/os. Identificar a amplitude do problema, intervir e inverter a progressão da disfuncionalidade nas famílias destas crianças é um processo complexo e delicado.

 
Infelizmente, a maioria dos centros de internamento/tratamento, em Portugal, que admitem pais ou mães com problemas de drogas lícitas, incluindo o alcool, e/ou ilícitas abordam o problema na perspectiva do cliente - dependência; os membros da familia, inlcuindo as crianças não são contemplados no programa de tratamento. Os resultados do tratamento seriam mais satisfatórios se a abordagem também contemplasse o sistema familiar caótico, por ex. quebrar o padrão disfuncional (adictivo) que afecta o sistema familiar há muitas gerações.
 
 
Segundo Hogan, (2006), mesmo que o pai ou a mãe tenham sido submetidas a tratamento, as crianças aparentam não apresentar benefícios a médio e longo prazo.
 
No próximo post veja as consequências negativas e adversas no ambiente familiar.
 
 
As crianças merecem algo mais nas suas vidas do que a dor, o castigo, a inadequação, a obrigação e o caos.
 
Caso seja um pai ou mãe que encontre dificuldades em gerir os seus próprios comportamentos adictivos (drogas licitas e/ou ilícitas, incluindo o álcool, de jogo, distúrbio alimentar, sexo, trabalho, relações disfuncionais - codependencia, envie a sua questão e tentarei apoia-lo/a.
 
Não permita que a vergonha do passado se intrometa entre a esperança de um futuro melhor.