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Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Experimente o conforto de um abraço genuíno

Atraves do contacto fisico, genuino e honesto, aprendemos a conhecer melhor os outros e a nós mesmos.
Aprendemos a definir limites....com coerência e determinação.
Aprendemos a sentir o conforto, a tolerancia, a segurança e a diferença.
Atraves do abraço, aprendemos a comunicar.
Atraves do abraço recebemos sorrisos "iluminados".
Aprendemos a valorizar os outros.
Aprendemos a impotencia e a aceitação.
Atraves do abraço baixamos as nossas defesas.
Atraves do abraço aprendemos a ser criativos e a inovar.
Hoje dê abraços...e receba.

 

O Lado escuro da realidade

A medicação prescrita pelos medicos para algumas doenças psiquiatricas é sem sombra de duvida, uma mais valia para milhões de individuos que de outra forma não conseguiriam ter qualidade de vida. Todavia, existe o marketing e o lucro associado à medicação psicotrópica, pela industria farmacêutica que movimenta milhoes de euros. Existem 100 milhões de individuos no mundo que recorrem a estes medicamentos.


 

Como se diagnostica determinadas doenças psiquiatricas?Existem testes? Quem os faz?
Se verificar que existem sinais e sintomas que interferem negativamente na sua vida, fale com o seu psiquiatra. Não seja somente mais um cliente, faça perguntas e esclareça as suas duvidas. Exija ser atendido e ouvido. Obviamente que existem excelentes (lado humano) profissionais.


 

Veja o video e comente.


 

 
 
http://www.youtube.com/watch?v=NKYAmg5giAE

A medicação serve para melhorar a qualidade de vida; nunca para criar uma dependência

Se está em recuperação de substancias psico-activas, incluindo o alcool, do jogo patologico, do sexo compulsivo, compras, trabalho (workaholism), disturbios alimentares, relações de dependencia e necessitar de medicação esteja atenta/o.
 
Fale com o seu medico sobre a sua adicção e os riscos da dependencia (adicção). Não partilhe a sua medicação com familiares e outras pessoas.
 
Se você está em recuperação e toma medicação de forma a melhorar a sua qualidade de vida, partilhe connosco a sua experiencia. Se conhece alguém que esteja a sofrer as consequencias da adicção a medicamentos (drogas prescritas) peça ajuda.
 
Siga o link. Veja o video e comente:


 

 


 

http://www.youtube.com/watch?v=o_xxS6AbpNM

Varias vozes; a mesma experiência

 

 

Decidi juntar alguns relatos de pessoas, de email`s que chegam todos os dias, cujas vidas foram sujeitas ao trauma da adicção activa. No dia que consigamos falar a uma só voz, na busca de soluções, encontraremos uma luz ao fundo túnel. Todas os dados dos intervenientes foram alterados de forma a manter a confidencialidade. 

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"Tenho 34 anos, sou casada e tenho um filho de 5 anos. Na altura da minha gravidez passei um período muito conturbado pois sofri represálias no emprego. Durante este tempo recriminei-me pela gravidez. Quando finalmente tudo estava a acalmar, fui abaixo pois o meu filho passou também por uma fase muito má e estive cerca de 9 meses com insónias, acabei por ser medicada com ansiolitico e antidepressivo. Passados uns meses deixei a medicação e recomecei a fazer ginástica que havia parado durante a gravidez e a preocupar-me mais comigo - fisicamente. O meu marido sempre foi gordinho e antes de eu engravidar, ele estava com quase 100 kg, consultou uma nutricionista e perdeu muito peso, mais tarde voltou a ganhar quando o bebé nasceu. Também ganhei alguns kilos e tornei-me muito preocupada em emagrecer mas também comecei a sentir cada vez mais incomodada com o excesso de peso do meu marido. Controlo diariamente o peso, faço exercício duas a três vezes por semana e sinto-me bem assim. O problema é que estendi este controlo ao meu marido e tento controlar o que ele come só pelo facto, de repugnar vê-lo tão gordo. Mudei a alimentação em casa e incentivei-o a fazer exercício. Ele começou a andar de bicicleta estando agora muito mais magro. Continuo a incentivá-lo e sinto-me agora mais atraída por ele estando a nossa vida íntima muito melhor, mas continuo obcecada com o que ele come e se comete excessos sinto-me em pânico que ele volte a engordar e fico chateada com ele. Os meus cumprimentos, Emília"


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"Tenho 25 anos e uma dúvida que ainda ninguém me conseguiu esclarecer, nem sei se existe algum esclarecimento lógico e nem sei se estarei a recorrer a pessoa certa. É possível ser viciado numa relação, que não é saudável? Namoro á 2 anos (com o homem com que me vejo casada), e tenho um caso com um homem 8 anos mais velho, acerca de 5 anos. Às vezes tenho a sensação que este meu caso é doentio e se calhar de ambas as partes. È um "relacionamento" muito pouco saudável em quase tudo, existe muita agressão verbal de parte a parte, tudo o que possa imaginar já foi dito um ao outro, ao ponto de uma vez ele me ameaçar que me destruía a minha vida, de milhentas vezes termos dito um ao outro “Desaparece da minha vida…, Nunca mais te quero voltar a ver…, etc.” E no máximo, passado 2 semanas, estamos envolvidos novamente, sem nunca se pedir desculpas pelo que foi dito anteriormente. Muitas das vezes quando estou longe dele, sinto quase 100% de certeza que foi a ultima vez, porque cada vez é pior, porque saio frustrada, que isto só me faz mal, porque estou farta de tudo (dele, da situação), mas ate agora, este fim ainda não aconteceu! Por favor ajude-me, estou farta, mas cada vez que tento afastar-me dele não resulta (ou porque sinto saudades dele ou de falar com ele...) já não sei o que fazer.Pode existir algum tipo de vício ou dependência neste tipo de relação? Muito Obrigada. Vera"

 

 


 

Recuperar das Dependências Sem Fronteiras

Após ter conhecimento de que o movimento Recuperar das Dependências já ultrapassou as expectativas iniciais (desde Agosto de 2008), constato com entusiasmo, que o blogue também é visitado, provavelmente, por portugueses residentes no estrangeiro. Nesse sentido, apresento alguns dos países que mais aparecem referenciados:


Africa - Nigéria, Moçambique, Angola, Tanzânia, Senegal, África do Sul, Egipto, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Burkina Faso, Quénia, Namibia, Uganda,



Américas - Estados Unidos da America, Brazil, Canadá, México, Argentina, Colômbia, Bolívia, El Salvador, Paraguai, Chile, Equador, Peru, Dominica, Costa Rica, Porto Rico, Venezuela,



Ásia - Paquistão, Republica da Coreia, Federação Russa, Hon-Kong, Macau, Turquia, Arábia Saudita, Israel, Japão, Singapura, Filipinas, China, Indonesia, Vietname



Europa - Suécia, Luxemburgo, Suiça, Holanda, Bélgica, Itália, Alemanha, França, Inglaterra (UK), Noruega, Espanha,Grécia, Áustria, Eslováquia, Rep. Checa, Polónia, Roménia, Luxemburgo, Finlândia, Dinamarca, Malta, Ucrânia, Irlanda, Àustria

 

Oceania -  Austrália, Nova Zelândia



Para o movimento/causa Recuperar das Dependências não existem fronteiras ou limites (oceanos, continentes, etc) quanto a passar a Esperança de recuperar (um novo estilo de vida) dos comportamentos adictivos.

 

A dependência às drogas lícitas

 

 

 

 

As drogas lícitas, sujeitas a prescrição médica, quando administradas ao doente, são substâncias que devem ser submetidas a uma rigorosa monitorização, quer seja efectuada pelo próprio medico que as receitas, e principalmente, pelo próprio paciente, porque, caso o plano de tratamento seja alterado de acordo com os critérios do doente sem a participação do doente pode iniciar a auto medicação, e isso afectar negativamente a qualidade de vida e gerar dependência (adicção). 

Visto serem drogas legais, aceites e toleradas do ponto de vista da sociedade, todavia os dependentes destas substâncias lícitas, adotam comportamentos probematicos que comprometem seriamente a sua qualidade de vida e das outras pessoas à sua volta, incluindo as crianças, e perdem o controlo da dependência, na prática significa negligenciarem as obrigações familiares, profissionais e sociais, processo idêntico aos dependentes das drogas ilícitas. Sabia que a dependência substâncias psicoactivas lícitas (auto medicação) interfere na forma como o individuo pensa, sente e age?

 A dependência é caracterizada pelo abuso recorrente de substâncias psicoactivas lícitas sujeitas a receita médica:

 

 

  • O individuo, apesar de saber do perigo da auto medicação e da dependência, recusa seguir o plano/guia de tratamento medico quanto à administração do(s) medicamento(s);
  • A medicação que o individuo decidiu ingerir não foi aconselhada por profissionais de saúde. O tipo de medicamento que está a tomar não foi prescrito para si. È comum em Portugal, pessoas que tomam determinada medicação sugerirem outras pessoas a faze-lo.Nota: Este tipo de procedimento é extremamente perigoso.
  • O individuo não segue o plano/guia de tratamento e ingere doses do medicamento diferentes daquelas pelas quais o médico prescreveu;  

As substâncias psicoactivas, sujeitas a receita medica, mais utlizadas como auto medicação são aquelas direcionadas para o tratamento da dor, para o tratamento da ansiedade, perturbações do sono. A ingestão desta recorrente deste tipo de substâncias psicoactivas e em doses não recomendadas pelo médico gera dependência física e adicção (doença).

 

Um número muito significativo de indivíduos que são dependentes de drogas ilícitas (ex. heroína e/ou cocaína) também apresentam consumos/abuso concomitantes com drogas lícitas, sujeitas a receita medica, caso das benzodiazepinas - analgésicos, ansioliticos, tranquilizantes, também pode incluir bebidas alcoólicas – policonsumo ou adicção cruzada. Também existem indivíduos  dependentes do jogo ou sexo ou relacionamentos, ou  distúrbio alimentar ou compras ou workaholism (adicção) dependentes de drogas lícitas, medicação sujeita a receita medica.

Quer seja através das substâncias psicoactivas,geradoras de dependências, e/ou os comportamentos adictivos (Adicção) os dependentes evitam, a todo o custo expressar e viver em contacto com a realidade (ilusão e negação da doença) mecanismo psicológico reforçado pela logica adictiva.

 

 

Caso deseje receber informação sobre as drogas lícitas e a adicção pode enviar um email para xx.joao@gmail.com

 

Caso deseje receber informação sobre as drogas lícitas e a adicção pode enviar um email para joaoalexx@sapo.pt
 

Um dia o gigante desperta irreconhecivel

 

 

Uma história antiga que se perpetua no tempo

No dia 21 de Outubro de 2009 assisti a um documentário (TV) sobre actividades criminosas, numa determinada cidade onde obviamente, os dependentes de drogas ilícitas ocuparam um lugar de destaque. Quase no final do referido programa surgiu um relato de uma mãe, cujo filho se tinha tornado dependente (adicto a drogas ilícitas). Ao ouvir esta mãe fiquei apreensivo e trouxe recordações de outros relatos semelhantes, sobre as consequências imprevisíveis da adicção activa no indivíduo, na família e na comunidade. Neste caso especifico, foram as drogas ilícitas, mas podemos acrescentar drogas lícitas, ex. o álcool, jogo, relações dependentes, sexo. Será que se podia fazer algo a fim de evitar a tragédia? Naquela situação, estavam reunidos todos os ingredientes para a “bomba” rebentar - violência física, verbal, abuso constante e adicção activa - “mistura volátil e explosiva”.

Esta história começa num país bem distante do nosso. Uma mãe solteira de um filho que após a infância exibia traços de personalidade de um jovem com tendência para a musica e com um futuro promissor. Esta mãe, que apelido de Carol afirmava que o seu filho era um ser encantador, bem-disposto e dedicado. Mais tarde, a Carol começou a identificar comportamentos estranhos e bizarros no filho. Um dia, ela descobriu que o seu filho de 14 anos tomava drogas ilícitas. A partir dessa altura o inferno invadiu esta casa de família

Consequências imprevisíveis

Desde esta descoberta até a Carol afirmar que a sua própria casa se tornou na sua própria prisão foi um ápice. Ela mandou instalar gradeamento nas janelas e sistemas de segurança porque o filho lhe roubava a casa todos os dias. O filho acordava-a atirando agua na cara da mãe e obrigava-a a ir trabalhar para depois lhe roubar o dinheiro para ir usar drogas. Tornou-se agressivo verbal e fisicamente. Todos os dias roubava coisas em casa e só as devolvia quando a mãe lhe dava o dinheiro para ir consumir mais drogas. Após um período indeterminado onde a Carol era submetida a este tipo de tortura, ela um dia pensou “ Isto que quero fazer não está certo…mas não suporto mais este sofrimento…

Agarrou numa corda e enrolou-a ao pescoço do filho enquanto este dormia e matou-o. Esta tragédia “encheu” os jornais nacionais e internacionais, e a Carol aguardou o julgamento em liberdade. Mais tarde, foi considerada como culpada pelo tribunal.

O que despoletou a vontade de escrever estas linhas tem a ver com a história amargurada de uma mãe e do seu filho de 18 anos adicto/dependente de substâncias ilícitas. Mais uma entre centenas, milhares por este mundo fora. Por vezes, são notícia nos cabeçalhos dos jornais e televisão, mas infelizmente nada muda, só mudam os intervenientes, porque a historia já é sobejamente conhecida e antiga.

O que mudou ao longo da historia na tragédia de forma a se interromper o ciclo de abuso de drogas licitas, incluindo o alcool, e/ou ilícitas  e a violência? Uma pessoa, como esta mãe, que foi sujeita à violência verbal e/ou física, abuso constante torna-se naquilo que a que chamo tortura. O que pensam as vitimas em relação aqueles que perpetuam o abuso?

Esta história, recordou-me centenas de histórias idênticas de famílias portuguesas destruídas pela natureza complexa e multifacetada da adicção (drogas lícitas, incluindo o álcool, ilícitas, jogo, sexo, relações).

Você alguma vez passou por uma experiencia traumática que tenha sido consequência da adicção (drogas licitas, incluindo o álcool, ilícitas, jogo, sexo, relações dependentes)? Caso a resposta seja afirmativa, envie um email para joaoalexx@sapo.pt relatando a sua experiencia. Através do seu relato poderá ajudar outras pessoas a enfrentar o estigma, a negação e a vergonha. Todos os dados pessoas são mantidos sob sigilo.