Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.
Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.
Para iniciar a Recuperação, a peça mais importante é você.
A Recuperação em 1º lugar. Compromisso, Honestidade, Mudança,Entreajuda e Espiritualidade, não relogioso sem dogmas e divindades - Um Novo Modo de Vida.
Não sei... se a vida é curta ou longa demais para nós, Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, Braço que envolve, Palavra que conforta, Silêncio que respeita, Alegria que contagia, Lágrima que corre, Olhar que acaricia, Desejo que sacia, Amor que promove. E isso não é coisa do outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, Mas que seja intensa, verdadeira, pura... Enquanto durar."
Segundo Gagnepain, (1990) nas antípodas das patologias da inibição e do excesso de controlo, como as neuroses, encontra-se a toxicodependência, como uma patologia do agir e do excesso.
Cada toxicodependente tem uma experiência singular que pode, ser percebida através da escuta do paciente; e sobretudo do que ele provoca em nós, do que ele nos faz sentir e questionar. (Coimbra de Matos, 2002)
Já Chasseguet-Smirgel (2001) aponta um aspecto comum e determinante da personalidade dos toxicodependentes: estruturas muito dependentes.
Em 1971 Fenichel salienta que nos toxicodependentes as qualidades das primeiras relações de objecto são decisivas. A haver uma mãe mais ou menos adequada, dentro duma fase normal, todo o desenvolvimento se processa normalmente para ambos. No entanto se esta fase tem uma duração superior à necessária e se o desejo da mãe de continuar esta fusão persiste, assistimos a uma interacção persecutória e patogénica para o bebé. Nesta relação de dependência total, o bebé tende a submeter-se às expectativas que a mãe projecta sobre ele.
A obsessão sobre o conceito de beleza associado ao corpo perfeito.
Existem em Portugal, homens e mulheres, que desejariam modificar, se pudessem, algo no seu aspecto físico. Mesmo que sejam realistas quanto aquilo que desejam alterar no seu corpo, sentem-se descontentes e isso reflecte-se negativamente no seu dia-a-dia.
Por vezes, distorcemos a imagem corporal através de ideias extremas por ex. bonito ou feio, bom ou mau, magro ou gordo. A aparência física pode tornar-se uma verdadeira obsessão; a preocupação principal geradora de sofrimento. A indústria das dietas (moda) rigorosas e milagrosas aproveita-se das pessoas vulneraveis que não aceitam a sua aparência física. Outro factor a ter em conta é o egocentrismo, ex. preocupação exagerada sobre o peso ideal, se a barriga está saliente, como está fisicamente, etc. Algumas pessoas chegam mesmo a odiar algumas partes ou o seu próprio corpo.
Se você identifica um problema associado à sua aparência física que lhe cause ansiedade, raiva, sentimento de inadequação, obsessão, vergonha e medo procure falar sobre aquilo que pensa e sente acerca do seu corpo com pessoas significativas e tolerantes (feedback). Desenvolva discernimento e procure ajuda, não me refiro às dietas, de forma a fazer um trabalho de desenvolvimento pessoal. Afinal o corpo perfeito não existe porque a perfeição nas pessoas é irreal.
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A negação é uma forma de estar na adicção activa. Se é fumador e identifica a dependência ao tabaco, qual é o seu nivel de negação? Porque afinal é possivel recuperar.