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Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Adicção: vidas duplas repletas de singularidade e secretismo

 

A maioria dos adictos às substancias psicoactivas (licitas e/ou ilícitas) e/ou comportamentos (jogo, relações, compras - shopaholics, sexo, distúrbio alimentar, shoplifting - furto) permanecem “presos à teia” da Adicção apesar das consequências nefastas e clinicamente significativas, no seu dia-a-dia, (por ex. negação, vergonha, medo, sentimentos de culpa, ressentimentos) isto é, perdem o controlo nas mais variadas áreas da sua vida ex. família, trabalho, saúde, problemas legais ficando assim limitados na ajuda disponível.

 

O que é que mantém os adictos/as doentes?

 

Gostaria de expor alguns casos e explorar os factores que contribuem para a progressão da doença, para a alienação de valores e o desfasamento entre a realidade e a Adicção. A Adicção é uma doença. A maioria dos adictos reconhece que algo está errado, todavia censura os sinais evidentes e reais do desgoverno recorrendo a todo um conjunto de mecanismos psicológicos que o mantém doente e centrado no prazer imediato, no isolamento, na obsessão e compulsividade e na ilusão do controlo. Muitos afirmam “Eu sei que estou mal, Mas…”

O que é que mantém estes indivíduos doentes e disfuncionais ao invés de pedir ajuda? São imensos os factores e aqueles que gostaria de realçar é a Negação, a Vergonha e o Estigma associado ao comportamento adictivo.

 

Qualquer semelhança com estes casos é pura coincidência. Os dados destas pessoas foram alterados.

 

Carlos. 47 Anos, casado e com 2 filhos. Adicto ao jogo. Profissão: Gerente Bancário.

Consequências da Adicção. O Carlos joga no casino com o dinheiro do seu ordenado (totalidade), com o dinheiro da esposa, e por vezes aquele que é para pagar despesas da casa e da escola dos filhos. Através de um esquema fraudulento e falsificação utiliza o dinheiro de três clientes do banco. A mulher do Carlos, desesperada, adopta o silêncio, mantendo secreto a doença do marido com receio de represálias e que este a abandone. A mulher e o Carlos acumulam dívidas no total de 16mil euros. Os pais do Carlos assim como os sogros ignoram a Adicção ao jogo. Os filhos do casal têm problemas no rendimento escolar (agressividade e impulsividade). Nos encontros sociais esta família aparenta felicidade e união.