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Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Recuperar das Dependências (Adicção)

Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.

Dar e receber abraços

 

O abraço é:

Comunicar, pertencer, apoiar, proteger, arriscar, confiar, amor proprio, entregar, respeitar, segurança, amizade... é gratis.~

 

Quem já recebeu um abraço daqueles que nos eleva o espirito, renasce a esperança, reconhece a importancia do calor humano genuino e espontaneo...quem não sabe, experimente!

Vamos dar e receber abraços "iluminados" e abençoados.

Atitudes positivas e motivadoras vs. pensamentos derrotistas irracionais

Por vezes, fruto do nosso passado (familia de origem) desenvolvemos, ao longo da vida, crenças familiares disfuncionais e/ou relacionamentos com pessoas significativas abusivas capazes de potenciar o fracasso e a rejeição, por ex, Não és merecedor..., Não és capaz..., Os outros são melhores que tu...., Não vais conseguir..., Se mostrares quem és os outros não vão gostar de ti.... O sofrimento e a frustação vão tornar-se insuportaveis e não irão passar, nunca "Estou doido/a, devo ser diferente ". Este padrão de crenças negativas podem bloquear o desenvolvimento do nosso potencial (competencias e habilidades), como seres humanos espirituais, não religioso sem dogmas e divindades. 


Pensamentos derrotistas irracionais reforçam o negativo, conduz ao perfecionismo (padrão rigido de pensamento) e ao impossivel, antecipando cenarios/situações catastroficas. Vivemos o medo/ansiedade, por antecipação, e acreditamos nesses mesmos medos irracionais. "

Algumas pessoas afirmam, resignadas e passivas, "Não vale sequer a pena tentar, porque não vou ser capaz. Isto não vai passar."

O que é que pode fazer hoje para mudar de atitudes e comportamentos derrotistas?

Só por hoje
:

Pode valorizar a gratidão, e fé e a esperança.

Pode sentir orgulho da honestidade e da autenticidade. Você é livre, nesse sentido possui a liberdade de escolha para arriscar e sonhar.

Pode sentir as emoções (positivas e/ou as dolorosas) e valorizar a capacidade de estar em sintonia/equilibrio com o Eu interior (sentimentos, ambições, valores e crenças positivas).

Você é um ser unico e excepcionalmente valioso. Ninguem pode enfrentar os seus "fantasmas" e fazer esse trabalho por si.

Pode sonhar "acordado" e acreditar que o impossivel não existe.

Pode definir metas/planos e objectivos de vida.

Pode ter um proposito e um sentido no dia-a-dia (familia, trabalho, amizades, comunidade, hobbies, etc).

Pode arriscar só por hoje... O não está garantido! O que pode acontecer é vencer o medo irracional que o bloqueia. 

Pode mudar...mudando pequenas coisas (palavras, rotinas, atitudes e comportamentos).

Até o ninho estar pronto o passaro tem imenso trabalho...todavia, dia-a-dia vai fazendo aquilo que lhe compete e sabe fazer. Sem ansiedade, sem medo de falhar, sem querer atingir a perfeição, sem competir cegamente. Se o ninho é destruido pela tempestade ele retomará o seu trabalho com mesma motivação. Um dia o ninho estara terminado

 

Dicas iluminadas e construtivas





Algumas dicas inspiradoras que pode aplicar na sua vida (dia-a-dia), retirar algum proveito e vantagem. Por vezes, as coisas simples...assumem um “papel” extremamente especial e valioso. Pode utilizar o seu potencial humano, por vezes adormecido ou dormente, para enriquecer e trazer propósito à sua vida, em vez de ficar acomodar ao básico e às rotinas de conteúdo "pobre" e vazio (zona de conforto.


Como amigo/a
Cada semana, visite um/a amigo/a extra e no final do ano totaliza 52 conversas (cavaqueira) interessantes e fecundas (momentos com “sumo”)


Como marido e/ou mulher
Se o seu parceiro/a, normalmente toma conta das crianças no dia-a-dia, uma vez por mês pelo menos, inverte esse papel (rotina do casal). Assim adiciona quase duas semanas de tempo que ele/a pode utilizar para "carregar as suas baterias” –“na poupança é que está o ganho”. Este gesto pode conduzir a momentos de intimidade – romantismo.

No trabalho
Cada mês, dedique algumas horas extra, para desenvolver as suas competências profissionais, fora do horário normal de trabalho, sabendo que este investimento é o equivalente a uma semana completa de trabalho durante o ano. Este pode ser um investimento precioso... em si mesmo.

Em geral
Elimine meia hora de televisão todos os dias e adquire 182.5 horas extra por ano e aplica esse tempo de uma forma construtiva, relaxante e que proporcione bem-estar (equivalente a 4 semanas e meia de trabalho).

 

  • Enriqueça... o seu verdadeiro Eu interior.

"A nossa vida é assim tão simples?"


 

A nossa vida é tão SIMPLES ASSIM,
Uma noite, um velho índio Cherokee contou ao seu neto sobre uma batalha que acontece todos os dias dentro das pessoas.
 
Ele disse:- Meu filho, a batalha é entre dois lobos dentro de todos nós.
 
Um é mau: é a raiva, a inveja, o ciúme, a tristeza, o desgosto, a arrogância, a pena de si mesmo, a culpa, o ressentimento, a inferioridade, as mentiras, a superioridade.
 
O outro é bom: é a alegria, a paz, a esperança, a serenidade, a bondade, a benevolência, a empatia, a generosidade, a verdade, a compaixão e a fé.
 
O neto pensou naquilo por alguns minutos e perguntou ao seu avô:- Qual o lobo que vence? O velho Cherokee simplesmente respondeu:
- O que tu alimentas.

Comentário: Recebi este pequeno texto num e-mail e adequa-se ao proposito do nosso blog.

Para aqueles que estão em recuperação dos comportamentos adictivos conhecem as consequencias negativas (historia de vida) do impacto do ressentimento. Vale a pena tornar as coisas mais simples.
 
Senão vejamos, os prós e os contra:
O ressentimento molda e interfere negativamente a nossa visão de uma vida satisfatória e plena.
 
Limita escolhas e impede-nos de relacionar com os outros.
 
Ficamos defensivos, desconfiados e sozinhos. Tenho acompanhado adictos/as que na sua senda de liberdade e autonomia buscam a libertação do sofrimento “barato”, aquele que só prejudica e que às vezes, de uma forma subtil  “cultivamos”, como se "lenha para o lume se tratasse".

Já pensou que a energia negativa do ressentimento pode ser equiparada a um vulcão “adormecido”?! O que acontece a um vulcão que está adormecido antes da sua erupção abrupta? A sua energia encontra-se contida, todavia está em ebulição, até ao dia que o vulcão inicia a sua actividade – explodindo e semeando o caos e a destruição.

È importante valorizar as emoções, mesmos aquelas que magoam e que fazem sofrer.

Recuperar dos comportamentos adictivos é sentir, a dor da separação, da perda, da frustração e a desilusão. A adicção activa “adormece” e/ou reprime as emoções genuínas. Os adictos/as ficam dependentes do básico e “animais” irracionais (impulsivos, reactivos, intolerantes, confusos, ressentidos, etc).

Por isso, procure identificar quais são realmente as suas emoções - as que estão à superfície e aquelas que estão escondidas no âmago do “vulcão” inactivo.

E tal como o velho índio afirmava valorize as emoções que enaltecem a nossa existência, a relação com o nosso poder Superior, não religioso sem dogmas e divindades, e as nossas relações. Quebre as “amarras”,  o status dinfuncional,  as tradições, os preconceitos e os estereotipos disfuncionais impostos pela nossa cultura.
Neste caminho, proposito e sentido, somos livres e fortes...

 

Recuperar dos comportamentos adictivos


 

Recuperar dos comportamentos adictivos é:

Entregar...,  partilhar...,  seguir sugestões...,  arriscar...  sonhar...  cometer erros e aprender com eles...,  tomar decisões, é confiar...,  pertencer...,  realização pessoal..., dar e receber (abraços)...,  fazer afirmações positivas..., auto-avaliação...,  discordar..., sorir (gargalhadas)...,  produzir e descansar...  chorar...viver um dia de cada vez...,  ser diferente...  dormir... tratar do fisico...alimentação saudavel... gostar de si proprio...é meditar...

Ser corajoso/a..., ser humilde..., ser honesto/a..., ser responsável..., ser pai/mãe..., filho/a..., marido e mulher..., ser membro de família..., ser falível..., ser um “exemplo” para os outros..., ser feliz..., ser realista..., ser assertivo/a..., ser tolerante..., ser bondoso/a, sentir aprovação, ser divertido/a..., ser parceiro/a ...ser genuíno/a...ser resiliente...,

Ter fé e esperança..., ter família..., ter amigos/as..., ter planos e objectivos..., ter auto-estima..., ter segurança..., ter um propósito e um sentido na vida..., ter limites saudáveis nas relações..., ter orgulho saudável (dignidade)...,ter dinheiro..., ter trabalho..., ter sexo e intimidade..., ter tempo livre...ter gratidão...ter motivação...ter ética...ter uma comunidade... ter intuição...ter alimento...

Estar confuso/a..., estar com medo..., estar com raiva e ressentido/a..., estar desconfortável..., estar ambivalente e desconfiado/a..., inseguro/a e desiludido/a..., estar magoado/a..., estar com auto piedade, estar desorganizado/a e descontrolado/a...

Sentir vergonha e culpa..., sentir rejeição e frustração..., sentir solidão e inadequação..., sentir perda e o luto...sentir embaraço..., sentir tristeza e magoa...,


Recuperação é Ser..., é Ter..., é Estar e Sentir...viver a vida plena, tal como é.

Quando nascemos recebemos este dom e esta benção da própria natureza.

Só os que desenvolvem a capacidade de se adaptar e resistir a adversidade é que conseguem ter sucesso e usufruir da espiritualidade. Somos os “arquitectos” do nosso destino.

A vida tem um fim...

Imagine este cenário e responda às questões:
Você está dentro do caixão, no seu próprio velório, morto, claro!!...
Quais os comentários que ouve das pessoas sobre si?! Sobre as suas características (qualidades e defeitos) enquanto estive vivo.

Está satisfeito/a com a sua vida (recuperação) agora?! 

Lenda chinesa - O poder da transformação


 Lenda Chinesa

Era uma vez, uma jovem chamada Lin,  casou e foi viver com o marido para a casa da sogra. Passados uns anos começou a perceber que era árduo viver com a sua sogra. O temperamento de ambas eram incompatíveis e Lin irritava-se com os hábitos, rotinas e criticava-a cada vez com mais afinco. Com o passar dos tempos, as coisas foram piorando, chegando a um ponto tal de se tornar insuportável. No entanto, e para infelicidade de Lin, segundo as antigas tradições chinesas, a nora tem que estar sempre ao serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo.

Mas Lin, não conseguindo suportar mas aquela situação tão dolorosa, tomou uma decisão séria e foi consultar um Mestre, velho amigo do seu pai.
Depois de ouvir a jovem, o Mestre Huang pegou numas ervas medicinais e disse-lhe:

“Para te livrares da tua sogra, não as deves usar todas as ervas de uma só vez, pois isso poderá causar suspeitas. Vais misturando as ervas com a comida, pouco a pouco, dia após dia, e assim ela irá ser envenenada lentamente. Mas para teres a certeza de não existir suspeitas quando ela morrer, deves trata-la com muito carinho e amizade. Não discutas, e ajuda-a a resolver os seus problemas.”

Lin respondeu:
“Obrigada, Mestre Huang, irei fazer ao pormenor tudo aquilo que me disse.” Lin ficou contente e voltou para casa entusiasmada com o seu plano de assassinar a sogra. Durante varias semanas, Lin serviu, dia sim dia não, uma refeição preparada especialmente para a sogra. Tendo sempre presente a recomendação do Mestre Huang para evitar quaisquer suspeitas sobre si e o seu plano; controlava as suas atitudes e comportamentos irracionais e difíceis, obedecia à sogra em tudo e acima de tudo tratava-a como se fosse a sua própria mãe.

Passados seis meses, toda a família estava diferente. Lin controlava bem o seu temperamento e para seu espanto quase nunca se aborrecia. Durante este meses, não chegou a ter uma única discussão com a sua sogra, esta por sua vez também se mostrava mais amável e atenciosa.
As atitudes da sogra também sofreram mudanças e ambas passaram-se a tratar como mãe e filha.

Certo dia, Lin correu a procurar o Mestre Huang para mais uma vez lhe pedir ajuda.
“Mestre, Mestre, por favor...ajude-me a evitar que o veneno acabe com a vida da minha sogra. Ela transformou-se numa mulher agradável e gosto tanto dela como se fosse a minha própria mãe.”

O Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça:
“Lin, não te preocupes...a tua sogra não mudou. Quem mudou foste tu e as ervas que te dei são vitaminas. O veneno estava nas tuas próprias atitudes, mas com o tempo foi substituído pelo amor e carinho que lhe foste dedicando."

Os árabes têm um provérbio que diz:
O nosso inimigo, não é aquele que nos odeia, mas aquele que nós odiamos.”

Na China, existe outro provérbio:
A pessoa que ama os outros também será amada
 

O Medo na recuperação dos comportamentos adictivos


Todos sabemos que o medo tem uma perspectiva positiva e uma perspectiva negativa, ocupa ambos lados da mesma “moeda”, na recuperação dos comportamentos adictivos. Quem gosta de sentir o medo? Ninguém.

Também sabemos que o medo faz parte das nossas emoções; quer gostemos dele ou não. Não é evitar e/ou fugir dos nossos “demónios" e fantasmas que conseguiremos vence-los. Conforme vamos vencendo uns “fantasmas”... outros surgiram. Esta é uma verdade da qual não podemos descurar. Todavia é através da coragem, da esperança e da fé num Poder superior, não religioso sem dogmas e ou divindsades, que conseguimos reforçar a autoestima e auto conceito. È confrontando e enfrentando os medos que vamos descobrindo as virtudes e habilidades em recuperação da adicção (vitorias e sucesssos).

Através do exemplo positivo dos outros adictos em recuperação, o adicto pode colher “ferramentas” e experiencias úteis para o dia-a-dia. A recuperação é um processo de avanços e recuos, ao longo da vida, em muitos casos a adicção activa pode “mascarar” outro tipo de problema (comorbildiade, depressão, problemas de ansiedade, adicção cruzada, compulsividade, etc.). 

 

Pessoalmente, já passei por um processo profundamente doloroso onde fui confrontado pelos meus “fantasmas” em que senti que não iria conseguir encontrar “forças” suficientes para “sobreviver” ao longo de aproximadamente três anos. Pensamentos catastróficos e irracionais, choque/dor, pânico, desilusão e frustração, depressão e ansiedade extrema invadiram-me e abalaram toda a “estrutura”. Foram tempos muito difíceis.

Em recuperação da adicção, seja o que for, haverá para cada problema, uma solução. A solução pode exigir sacrifício, determinação, honestidade, entrega, tolerância, humildade, inspiração e motivação.

O medo é um sentimento em que permanecemos alerta, ansiosos e com medo (sofrimento) por antecipação (preocupaçãpo e pensamentos catastróficos) causado pela expectativa de perigo eminente, desastre e/ou dor. È também uma das emoções crónicas mais conhecidas e até chega a ser epidémico na nossa sociedade. Adicionando, o medo é um factor preponderante na adicção quer seja para o adicto ou para a sua família. È uma energia activa e dinâmica que afecta todos e cada um.

Alguns tipos de medo mais comuns


Medo do abandono

Medo do próprio medo

Medo da rejeição

Medo do falhanço/sucesso

Medo do desconhecido

O medo é uma emoção que se aprende ao longo da vida; a re-educação cognitiva é o factor chave para se lidar com o medo de uma forma construtiva e saudável.

Pensamento negativo (pessimismo) é o “terreno” perfeito para o ciclo catastrófico do medo.


Valores e Equilibrio na Caminhada da Vida



Para aqueles que estão num processo de recuperação da adicção activa sabem muito bem a importância da espiritualidade, conceito não religioso sem dogmas e divindades, na mudança de estilo de vida.

Ninguém nasce adicto ao álcool ou outras drogas lícitas e ou ilícitas, ao jogo, a relacionamentos disfuncionais e dependencia, disturbio alimentar, sexo, compras (shopaholic), shoplifting (furto).

Qual foi o estilo de vida, a dada altura, que conduziu à adicção activa? Comportamento impulsivo? Não haver limites? Sensação de invencibilidade e controlo? Necessidade de “auto-medicação” com drogas licitas, incluindo o alcool, e/ou ilícitas? Dor, depressão e ansiedade?

 

Provavelmente existem muitas explicações, para aquele dia em que o adicto identifica, a perda do controlo, e inicia a dependencia (adicção) - está “apanhado na rede”. Ao longo da minha experiência em trabalhar com adictos, nunca ouvi ninguém afirmar que contemplava, nos seus planos pessoais, um dia tornar-se adicto. Sabemos que as consequências negativas da adicção activa, paralelamente ao prazer induzido pelas substâncias e comportamentos adictivos, todos reportam fases da sua vida de confusão, dor profunda, desorientação, isolamento, ressentimento, depressão, etc. Todas as áreas da vida de um adicto/a são afectadas, mais tarde, procuram-se as soluções para sair do problema. Geográficas, casamentos, filhos, dinheiro, novos empregos, etc. Nalguns casos, já é demasiado tarde. Porque tentou-se tudo, mas o resultado, afinal não é o desejado. O que é que é que resta fazer?

A médio prazo a sensação de vazio acompanhado com a inadequação e desilusão, pelo estigma, a negação, a vergonha, a revolta e a insegurança regressa ainda mais intensa e só é superada pelas “curas milagrosas”, de curta duração, até se retornar, novamente, ao “velhos” comportamentos do passado (ciclo adictivo); usar substâncias alteradoras do humor, jogo, sexo, relacionamentos disfuncionais e dependencia, disturbio alimentar, shoplifting (furto), compras (shopaholics). Estes são os mecanismos  da lógica adictiva que  permite atenuar o desconforto emocional. Nesta fase, reinicia-se o círculo adictivo onde não existe saída possível. A esperança desaparece. Este processo disfuncional pode levar uma vida inteira. Por ex. o individuo com disturbio alimentar andar uma vida inteira à procura da dieta milgrosa restritiva (efeito iô-iô). O individuo sente que cristalizado para atingir e realizar as suas ambições, aquilo que apelido “ um espectador da vida”. As coisas acontecem, mas não muda, nada muda, mesmo. Até ao dia do “julgamento final” em que pede ajuda ou é oferecido ajuda “seria” e construtiva.

Stress e distress


 


Departamento de Engenharia Informática
Universidade de Coimbra
Stress
Comunicação Técnica Profissional
Luis Fernando Lopes Alvaroalvaro@student.dei.uc.pt

Introdução
Com o aumento do ritmo de vida nas sociedades actuais são cada vez mais comuns as pessoas que sofrem de stress e cada vez se vendem mais medicamentos relacionados com o stress. Se ainda não sabe descubra o que é o stress, como surge e como o pode evitar.
 
O que é o Stress?
Stress é uma tensão de origem, normalmente, inconsiente que pode adoptar formas orgânicas ou psicológicas.
O termo "Stress" nasceu no campo da arquitectura e da física e referias-se à acção de alguns agentes externos que produziam mudanças nos materias de construção.
Somente nos anos trinta o Fisiólogo Hans Selye começou a usar o termo stress para explicar os fenómenos externos que pressionavam um individuo e lhe provocavam reacções.
Hoje em dia os fenómenos são chamados de stressores e o termo stress refere-se á reacção do individuo em si.
Ao contrario do que se possa pensar o Stress não é negativo, bem pelo contrário, é fundamental para podermos fazer frente ás novas situações que nos surgem no quotidiano. É mesmo essencial para o nosso organismo manter as defesas sempre em alerta.

Distress
O Stress , normalmente falado pelas pessoas como "mau" é o chamado "distress" que aparece quando o organismo não sabe adaptar-se a uma nova situação e responde de forma desmesurada ao estimulo que essa situação provoca. Neste caso o individuo fica incapaz de pensar e de se concentrar e mesmo quando o estimulo acaba o corpo não sabe como voltar ao estado normal.

Causas de Stress
Qualquer situação que provoque uma mudança e exija uma adaptação do individuo pode provocar stress.
O stress pode ter causas pessoais, sociais, familiares e profissionais e a probabilidade de sofrer de stress depende da personalidade da pessoa e do seu estado fisico.

As personalidades mais sujeitas a sofrer de stress são aquelas muito competitivas, exigentes com os outros e consigo mesmo, intolerantes, agressivos, sempre sob pressão e que costumam fazer várias coisas ao mesmo tempo.
A tabela que se segue têm vários acontecimentos que provocam stress e se o valor acumulado ao longo de um ano for maior que 150 a pessoa tem 50% de possibilidade de sofrer de stress, se for maior que 300 esa probabilidade é de 90%
Acontecimento - Valor designado
  • Morte do conjugue 100
  • Divórcio 73
  • Separação conjugal 65
  • Morte de um familiar próximo 63
  • Lesão grave 53
  • Matrimónio 50
  • Despedimento 47
  • Reconciliação conjugal 45
  • Reforma 45
  • Gravidez 40
  • Problemas sexuais 39
  • Mudanças no campo financeiro 37
  • Morte de um amigo intimo 36
  • Mudança do tipo de trabalho 35
  • Desembolso grande dinheiro 31
  • Vencimento de uma hipoteca ou prestação 30
  • Problemas com a lei 29
  • Triunfo pessoal relevante 28
  • Mudança de hábitos pessoais 24
  • Problemas com superiores 23
  • Mudança nas condições ou horário de trabalho 20
  • Mudança nos hábitos de sono 16
  • Férias 13

Mas também nem só os humanos sofrem de stress. Qualquer animal cujos modelos de actuação naturais sejam alterados está também sujeito a ficar stressado. Esta teoria foi provada no inicio deste século pelo Fisiologo Ivan Pavlov através de experiências feitas no seu própio cão.
Essas experiências consistiam primeiramente em habituar o cão a apenas comer após o som de um apito e passado algum tempo o cão salivava cada vez que ouvia o apito. Mais tarde, Pavlov começou a aplicar descargas eléctricas ao cão ao mesmo tempo que lhe oferecia comida. O cão ficou com grandes desajustes no seu comportamento : sentava-se e levantava-se alternadamente, não parava de andar as voltas, tornou-se agressivo e irritava-se com facilidade.


Como surge?
O stress não surge de um momento para outro. Desde uma pessoa no seu estado normal até uma pessoa no estado de stress vão três fases:

 

 

 

A Raiva e as Dinâmicas

O problema da Raiva: Algumas Definições

Generalizando, a Raiva é um sentimento que varia entre a irritação suave, à raiva e à fúria (ódio) intensa. 

A Raiva é uma resposta natural aquelas situações em que nos sentimos ameaçados, que nos vão magoar ou em que alguém significativo, de uma maneira gratuita e/ou sem fundamento. Sentimos raiva quando alguém nos engana e sentimos injustiçados por isso. Podemos ficar em Raiva quando, por ex. uma criança ou alguém significativo é ameaçado e/ou magoado. Podemos concluir que a Raiva pode ser uma resposta à frustração quando as nossas necessidades, os nossos desejos ou objectivos não são atingidos.

Quando ficamos com Raiva, podemos perder a paciência e agir de uma maneira impulsiva, agressiva ou violenta (irracional). A maioria das pessoas têm a tendência para confundir a Raiva com a agressão e/ou assertividade. Agressão é um tipo de comportamento/impulso intencional que pode causar danos graves nas outras pessoas (vitimas) e/ou destrói-se bens. Este comportamento pode envolver abuso verbal, emocional ameaças e ou actos violentos.
Um termo relacionado com a raiva e a agressão é a hostilidade. A hostilidade refere-se a um conjunto de atitudes e julgamentos (crenças) que são a motivação para comportamentos agressivos. Enquanto a raiva é uma emoção, a agressão é um tipo de comportamento. A hostilidade é uma atitude que envolve julgar as outras pessoas de uma forma negativa, onde se manifesta aversão e descontentamento em relação aos outros.

 


Quando É Que A Raiva Se Torna Um Problema?

Qualquer ser humano sente raiva (sentimento), sentir raiva é OK. Faz parte das nossos sentimentos. A Raiva torna-se um problema quando é sentida de uma forma intensa e/ou reprimida. Quando é sentida de uma forma frequente e expressa de uma maneira inapropriada, por ex. agressividade, intimidação. Sentir raiva de uma forma intensa e frequente provoca extrema tensão física no corpo. Quando sentida de uma forma prolongada, em episódios frequentes, certas divisões do sistema nervoso central ficam altamente activas. Consequentemente, o ritmo cardíaco e a pressão arterial aumentam e permanecem elevadas durante longos períodos de tempo. Este tipo de stress no corpo resulta em diferentes tipos de problemas de saúde. Evitar a doença física é um factor, por si só, motivador para aprender a gerir a raiva construtivamente.

Outra razão convincente para gerir a Raiva construtivamente está relacionado com as consequências negativas que resultam na expressão dos sentimentos de uma forma inapropriada. Num extremo, a Raiva conduz à violência e/ou à agressão física, pode resultar em numerosas consequências negativas, tais como; ser detido ou preso, ficar ferido, retaliar contra pessoas que ama, ser expulso de um centro de tratamento, sentir culpa, ser despedido/a do emprego, ser evitado pelas pessoas (persona non grata), vergonha ou arrependido.

Mesmo quando a Raiva não conduz à violência, a expressão dos sentimentos de uma forma inapropriada e impulsiva, o abuso verbal, a intimidação ou comportamento ameaçador em muitos casos produz consequências negativas a nível social. Por ex. é provável que aquelas pessoas que sejam submetidas e expostas a experiências de violência (explosão de raiva) desenvolvam medos, ressentimento, falta de confiança e/ou provoque o afastamento em indivíduos, membros de família, amigos e colegas de trabalho.