Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.
Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.
Dada a escassez informação para o publico em geral, acabamos por ingerir açúcar, nos mais diversos tipos de alimentos, em quantidades excessivas e nefastas para a saúde. Erradamente, recorremos ao açúcar para nos mimar e "adormecer" as nossas emoções mais dolorosas, alívio típico do stress do dia-a-dia.
O açúcar afeta e pode comprometer seriamente o funcionamento normal do cérebro e assim provocar dependência. Neste caso específico informação é poder. Veja este video interessante e reflicta sobre o assunto em família, incluindo os seus filhos. Siga o link "That Sugar Film"
O convite à Margarida Araújo para participar no Recuperar das Dependencias tem dois motivos. O primeiro surgiu há vários meses atrás quando a vi, acompanhada pelo seu Personnal Trainer, no mesmo que Health Club que frequentamos e onde apeteceu-me chegar junto a ela dizer: “Desculpe, mas só queria dizer-lhe que admiro imenso” só não o fiz por receio de ser mal interpretado e porque na altura pesava 179 kg. Hoje pesa 112 quilos e perdeu 67 em oito meses. O outro, mais recentemente, foi através de uma reportagem de um jornal onde a Margarida, em conjunto com mais três indivíduos, revelam a sua aventura e resiliência na mudança das suas atitudes.
Nesse sentido, decidi propor à Margarida um simples questionário com 8 perguntas e às quais ela respondeu, com honestidade, na totalidade.
Identifica alguém na sua família com problemas de obesidade ou outro distúrbio alimentar? Margarida Araújo: Sim. No que respeita à família nuclear, a mãe e a irmã mais velha. Não no grau de obesidade que alcancei, mas com distúrbios alimentares dessa ordem. No sentido mais lato de família, é possível identificar, entre os meus, tios, primos que sempre tiveram excesso de peso e tendência para engordar, mas sem chegar à obesidade.
Qual ou quais os factores que tenham contribuído para o agravamento do problema (obesidade)? M.A.: Entre os meus familiares sempre houve o hábito de celebrar à mesa. Mesa farta, almoços que se prolongam pela tarde dentro. E, assim, se criaram maus hábitos alimentares e estilos de vida menos saudáveis. Ansiedade. Acaba por ser um ciclo, comia porque estava nervosa…depois enervava-me porque tinha comido…e voltava a comer ainda mais. “Perdido por 100, perdido por 1000…”. E deixamo-nos ir…e pensamos: mais quilo, menos quilos… Nunca tive problemas de mobilidade e não se pode dizer que era uma pessoa totalmente sedentária, porque sempre andei muito a pé. Por isso, sempre me mexi bem e isso não era, para mim um problema ou algo que me levasse a fazer dieta. Depois, também nunca tive problemas de saúde ligados à obesidade e, de certa forma, sentia-me uma gorda “saudável”. Lá no fundo, sabia, que mais cedo ou mais tarde, esses problemas acabariam por surgir...mas quando surgissem, tomaria uma decisão. Até que me apercebi, que o pensamento não devia, nem podia ser esse. E consciencializei-me que devia agir, antes de essas complicações surgirem.
Afinal, nenhum gordo é saudável, porque a própria obesidade já é uma doença grave.
Quais as dificuldades relacionadas com a obesidade? Problemas físicos, psicológicos e sociais. Ao identificar os problemas acima referidos como se sentiu na altura? M.A: Ao nível físico, apesar de nunca ter tido problemas de mobilidade e de nunca ter sido uma pessoa sedentária, porque sempre andei muito a pé, o mínimo esforço físico, cansava-me imenso. Caminhar, subir escadas, o simples levantar de uma cadeira, gestos e comportamentos simples que se tornaram, para mim, penosos. No nível psicológico e no social, sempre me senti deslocada. Nunca me sentia bem em parte alguma, mesmo entre amigos, ou em casa, nunca estava suficientemente à vontade. Nos cafés, nas salas de aula, procurava sempre o lugar mais escondido, longe dos olhares das pessoas. Quando ia a uma esplanada, tinha que escolher uma que não tivesse cadeiras de plástico… No cinema, tinha que levantar um braço à cadeira, para me pode sentar…Nos transportes públicos, ocupava 2 lugares. Ao longo da vida, já fiz muitas dietas, e todas elas com excelentes resultados, mas acabei sempre por recuperar os quilos perdidos.
Isso, foi-me tornando uma pessoa frustrada, derrotista e sem vontade de ir à luta. Este sentimento de “não ser capaz” reflectiu-se em todos os aspectos da minha vida, desde o relacionamento com as pessoas até à minha vida profissional. Cheguei a estar 4 anos desempregada, por vergonha de ir às entrevistas de emprego. Aparentemente, era uma pessoa feliz, bem-disposta, divertida…e brincava com as situações, muitas vezes para que as pessoas que me rodeavam não se sentissem desconfortáveis, com algum comentário menos simpático. E sentia-me feia, incapaz, triste, revoltada, incompreendida…
Quais os factores motivacionais que contribuíram para a mudança? M.A: Nunca tive problemas de saúde ligados à obesidade e, de certa forma, sentia-me uma gorda “saudável”. Em Setembro do ano passado, comecei a acompanhar o “Biggest Loser” americano, na Sic Mulher, e deu-se o “clic”. Comecei a comentar, em casa, que queria inscrever-me num ginásio, mas não tinha coragem…ou melhor, tinha muita vergonha! No dia 12 de Outubro de 2010, a minha irmã mais nova, a Sílvia, praticamente me arrastou até à recepção do ginásio. Ela disse: “Tens vergonha? Vergonha devias ter de estar nesse estado e não fazeres nada!”. E assim foi, inscrição feita, avaliação física marcada para dia 18 de Outubro, a segunda-feira seguinte. Chegado o dia, dirigi-me ao ginásio para ter avaliação física com o Personal Trainer Gonçalo Fonseca, que tem formação em Reabilitação no Desporto e experiencia em controlo do peso. Ia motivada, mas cheia de vergonha e com muito medo de fracassar, mais uma vez. O Gonçalo fez-me subir à balança e deparar-me com o número 179,1! Arregalei os olhos e não consegui dizer nada… Ele disse: “Vieste no momento certo! É agora! Tiveste a coragem de dar o primeiro passo e o mais difícil já está feito!”
A partir desse dia, treino sob a sua orientação, 6 dias por semana. Estar-lhe-ei eternamente grata por tudo o que me ajudou a alcançar. O Gonçalo é um grande profissional e um dos pilares do meu sucesso. Faz-me exigir sempre mais de mim. Faz-me ir ao limite e superar-me a cada treino. E isso tem sido fundamental neste processo. Porque hoje, me sinto capaz de vencer qualquer obstáculo ou contrariedade que possa surgir.
Visto os seus planos terem tido êxito, qual ou quais os factores que contribuíram para o sucesso? M.A: Perseverança, perfeccionismo (no sentido de querer fazer sempre mais e melhor, por muito que isso me custe), disciplina, motivação, concentração, espírito de sacrifício e, principalmente, muita força de vontade.
Quais as características da sua personalidade que considera relevante neste processo de mudança, na gestão da adversidade ao longo do plano? M.A: Empenhada e cada vez mais cheia de vontade de prosseguir esta saga contra os quilos a mais.
Como se sente agora? M.A: Sinto-me mais bonita, mais segura de mim, mais capaz. Sinto-me uma vencedora e orgulho-me de cada conquista. Sinto-me uma atleta, saudável e cheia de energia. Sinto que, desta vez, ao contrário do que aconteceu nas dietas anteriores, não haverá recuos, porque consegui adquirir hábitos de vida saudáveis. A sensação de frustração já não existe. Hoje sou uma mulher confiante. Sinto-me uma guerreira…vitoriosa. Sinto-me muito feliz!
Considera que a sua experiencia de vida pode motivar outras pessoas com o mesmo problema a procurarem alternativas e/ou soluções? Explique como. M.A: Sim. Aconteceu o mesmo comigo. Inspirei-me em casos de sucesso, dei o primeiro passo e fui em frente. O facto de ver pessoas como nós, com as mesmas dificuldades e com os mesmos problemas irem à luta pelos seus sonhos e objectivos, apesar dos seus medos e das suas limitações, motiva-nos e encoraja-nos. Acomodarmo-nos não é solução. Pior que fracassar é a sensação de não ter tentado. Por mais árduo que seja o percurso, por muitas quedas que dêmos, não podemos, nunca, desistir de nós. E ver os outros a “arregaçar as mangas” e a vencer pode fazer toda a diferença.
Obrigada, Margarida Araújo.
Contacto: guida.araujo@gmail.com
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Comentário: Os meus sinceros agradecimentos à Margarida Araújo pela sua participação no Recuperar das Dependnecias. O seu exemplo, através da progressão do distúrbio alimentar (obesidade) ilustra o papel disfuncional sobre os hábitos alimentares no dia-a-dia, na nossa sociedade, assim como as consequências negativas a nível psicológico, físico e social.
O nosso organismo não está preparado para processar aquilo que comemos e como comemos, como queremos. Está "formatado" para armazenar, sempre que comermos algo que não consigamos processar (metabolismo).
Sabia que por vezes comemos de forma a satisfazer as nossas necessidades emocionais? Uma grande parte de nós aprendeu a socializar-se, com comida, para nos sentirmos bem. Recebemos comida por imensas razões, por ex. exprimir amor ou reconhecimento, hospitalidade e ajuda-nos a lidar com a desilusão e experiências negativas (Craighead, 2006).
Mais uma vez os parabéns à Margarida pelo seu exemplo de motivação em quebrar a ambivalência, de coragem em enfrentar a negação, o estigma e a vergonha, a resiliência e no seu testemunho/partilha de experiencia. Este tipo de experiencias será recordado, ao longo da vida, como uma vitória perante a adversidade. Mais uma vez reforço que não é o nosso corpo que precisa de mudar, são as nossas atitudes.
Recuperar É Que Está A Dar. Seja da adicção activa (substâncias psicoactivas licitas, incluindo o álcool e a nicotina, e/ou as ilícitas, o jogo, o sexo, o distúrbio alimentar, o shoplifting - -furto, as compras - shopaholics, relacionamento de dependência – codependência), da recaída, da doença crónica, do divórcio, da obesidade, da perda e do luto, da crise, da separação, da saudade, da dor crónica, do insulto e da violência, da depressão, da ansiedade, da auto estima e da dignidade.
A obsessão sobre o conceito de beleza associado ao corpo perfeito.
Existem em Portugal, homens e mulheres, que desejariam modificar, se pudessem, algo no seu aspecto físico. Mesmo que sejam realistas quanto aquilo que desejam alterar no seu corpo, sentem-se descontentes e isso reflecte-se negativamente no seu dia-a-dia.
Por vezes, distorcemos a imagem corporal através de ideias extremas por ex. bonito ou feio, bom ou mau, magro ou gordo. A aparência física pode tornar-se uma verdadeira obsessão; a preocupação principal geradora de sofrimento. A indústria das dietas (moda) rigorosas e milagrosas aproveita-se das pessoas vulneraveis que não aceitam a sua aparência física. Outro factor a ter em conta é o egocentrismo, ex. preocupação exagerada sobre o peso ideal, se a barriga está saliente, como está fisicamente, etc. Algumas pessoas chegam mesmo a odiar algumas partes ou o seu próprio corpo.
Se você identifica um problema associado à sua aparência física que lhe cause ansiedade, raiva, sentimento de inadequação, obsessão, vergonha e medo procure falar sobre aquilo que pensa e sente acerca do seu corpo com pessoas significativas e tolerantes (feedback). Desenvolva discernimento e procure ajuda, não me refiro às dietas, de forma a fazer um trabalho de desenvolvimento pessoal. Afinal o corpo perfeito não existe porque a perfeição nas pessoas é irreal.
Siga os links e comente em Recuperar das Dependências.
Somos uma sociedade (cultura) que promove e desenvolve “o culto cool” e da moda associado ao consumo de drogas psicoactivas adictivas - licitas, incluindo o alcool, a nicotina e ilícitas? Será uma forma diferente, original e criativa de pensar e fazer coisas? Ou optamos pelo caminho mais fácil (atalhos) na ânsia de procurar responder aos milhares de estímulos e expectativas a que somos sujeitos, dia-a-dia?
Portugal é o país da Europa com menor numero de estudos especializados realizados especificamente acerca do consumo de álcool e dos problemas a ele associados (Simpura et al.,2001). Quais são as pessoas e ou organizações interessadas em investigar as consequências autênticas do álcool na nossa sociedade? Qual o interesse publico desta informação? Qual o impacto e o custo na sociedade portuguesa associado ao alcool? E das outras drogas, licitas, medicamentos sujeitos a receita medica (ex. benzodiazepinas - tranquilizantes, ansioliticos) e ilícitas?
Uma parte significativa da nossa população, cujos números exactos (estudos epidemiológicos[i]) não se conseguem obter com exactidão, (desde os jovens, aos adultos, incluindo a população sénior) recorre com mais ou menos frequência, ao consumo de substâncias psicoactivas susceptíveis de causar dependência.
Usar drogas é um acto voluntario, uma escolha individual, que pode ser sujeita ou não à pressão do grupo e o ambiente. Nem todos os indivíduos que consomem substâncias psicoactivas adictivas iram desenvolver um problema de abuso ou dependência, assim como consumir esporádico seja sinónimo de doença, mas existe um certo grau de risco (dependendo da potência/efeito da substância, a dose administrada, a duração do consumo e do próprioconsumidor). Estes factores (neurologico-bio-psico-social) juntos podem contribuir para um problema grave de saúde, familiar e profissional.
Cada um elege as drogas que lhe proporcionam o efeito desejado. A mesma droga não é eleita por todos. Existem drogas para todos os gostos. Algumas pessoas usam drogas por mera curiosidade, outros para se divertirem, outros para praticarem desporto, pratciar sexo, para “fugirem” ao stress e à pressão diária, para trabalhar, para relaxarem, por motivos de doença, outros recorrem às drogas porque abusam e por último aqueles que estão dependentes (doença da adicção).
Existe uma relação entre a oferta e a procura que faz com que hoje as drogas estejam mais disponíveis e presentes no dia-a-dia das pessoas, comparativamente à 15 anos atrás. Provavelmente, todos nós conhecemos, directa (ex. um familiar, ou amigos) ou indirectamente (ex. amigo do amigo), alguém que nesta altura tenha ou já tenha passado por um problema com drogas, incluindo o álcool.
Porque é que uns sofrem horrores e destruição nas suas vidas, associado às drogas psicoactivas adictivas, incluindo o álcool, ex dependência (doença/adicção) e outros não?
Através do consumo de drogas aprende-se a oscilação das emoções e descobre-se todo um “novo mundo” de novas experiências sensoriais e singulares que de outro modo não seria possível experienciar.
A dependência às drogas lícitas, incluindo o alcool e a nicotina, e/ou ilícitas psico-activas, é uma doença do cérebro (adicção). Sabemos que o consumo de drogas altera a percepção (ideias, compreensão) e o funcionamento normal do cérebro (neuroquímica/neurotransmissores) enveredando o adicto na senda da gratificação imediata, procura aquela sensação de prazer e/ou bem-estar única capaz de gerar energia extra, capaz de modificar e ou atenuar (dormente) as emoções dolorosas; ex. raiva e ressentimento, o medo e a insegurança, rejeição numa relação romântica, despedimento (frustração), perda de alguém querido, cansaço físico e/ou sensação de falta de energia, ansiedade e ou sentir-se deprimido etc. As drogas psicoactivas modificam a forma como as pessoas sentem, pensam e agem.
Na minha opinião a alimentação saudável é uma pratica corrente a ter em conta na recuperação duradoura dos comportamentos adictivos. Cada vez mais observo homens e mulheres em recuperação ansiosos e preocupados com os seus hábitos de alimentação e como consequência inquietos com a sua saúde física, mental e espiritual, não religios sem dogmas e divindades. Uma vez ouvi alguém afirmar que “ Aquilo que comemos está relacionado com a forma como nos sentimos e tratamos.”
Recuperação dos comportamentos adictivos (substâncias psicoactivas, lilícitas, incluindo o alcool e as ilícitas, jogo, sexo, disturbio alimentar, compras- shopaholics, shoplifting - furto, dependencia emocional) é regularizar hábitos disfuncionais (sono, alimentação, higiene pessoal, saúde, etc.) e identificar comportamentos geradores de sentimentos dolorosos e disfuncionais e em alguns casos compulsivos por ex. a comida, relações, sexo, jogo patológico, trabalho patológico e fazer compras.
Na maioria dos casos, agimos no prazer imediato, com base em pensamentos automaticos, com vista a saciar o vazio interior e espiritual (não religios, sem dogmas e divindades), com coisas (pessoas, lugares e coisas) e não optamos por adiar a gratificação e congratularmo-nos por isso. Queremos algo e já.
Para aqueles que estão em recuperação de comportamentos adictivos que têm filhos/crianças podem organizar em família refeições saudáveis e coloridas. Partilhar momentos e rituais saudáveis em família em que a refeição (saudavel e diersificada) é o momento de comunicação, união e confraternização.
Nos últimos cinco anos, após um período conturbado que ainda atravesso, tenho procurado adoptar uma postura diferente e procurado investir “devagarzinho” na alimentação saudável, refiro-me à vegetariana. Após iniciar este ciclo algo mudou no meu comportamento em relação à comida, semelhante á sensação que tive quando deixei de fumar. Sinto que estou a cuidar de mim e isso é reconfortante, inspirador, gratificante e gerador de auto-estima. Também tenho desenvolvido um ritual com o meu filhote de em vez dos gelados vou ao supermercado comprar fruta e/ou sumos de fruta naturais (sem corantes nem conservantes, sem adicção de açúcar. Existem uns muito bons) e passamos um momento inesquecível juntos.
Frequento um restaurante vegetariano que é excelente. Cada vez que ali me desloco tenho a sensação de que os pratos são confeccionados com dedicação, criatividade e amor.
Na passada sexta-feira estava a deliciar-me com uma saborosa iguaria juntamente com um amigo e tive uma ideia luminosa. Revelar este simpático, descontraído, sereno e acolhedor espaço chamado:
Espero que usufruam tanto ou mais que eu e lembrem-se “Recuperar é que está a dar”
Se quiserem divulgar restaurantes vegetarianos e ou outros que conheçam e considerem excelentes e saudáveis nos seus manjares e que sejam um deleite para o espirito podem enviar o nome e a sua localização para o blogue através de email. Já agora quando enviarem o email com o nome do restaurante enviem uma sugestão quanto ao prato que mais gostaram e bebida, sem ser alcoólica, claro.
Mais tarde irei publica-los a todos e tornar a lista acessível.
Dicas Saudáveis, Muitas pessoas desejariam ter hoje o peso de há 10, 15 ou 20 anos atrás, peso esse que, sendo bastante inferior ao de hoje, até chegaram a considerar excessivo. Só que hoje mordem-se e chicoteiam-se por o não terem mantido mas perdido, só para mais tarde o encontrarem, e muitas vezes acompanhado... Iniciaram assim uma inimaginável, e por vezes alucinante, viagem pela "feira popular" onde é residente a famosa "montanha russa do peso"!
No meu mais recente artigo para a revista do Holmes Place, a "The Place", falei sobre o emagrecimento - esse grande, desejado, odiado, e complexo tema. Há quem faça enorme fortunas à custa dele, mas eu como aposto na educação, uma pessoa de cada vez, e para isso é preciso muito tempo e explicação, tenho fortunas mas é de esperança! Pela milésima vez expliquei a importância do prazer e do bem estar que devem estar presentes nas escolhas alimentares e nas escolhas da/s modalidade/s de exercício físico que fazemos diariamente. Poucos parecem entender e ainda menos o fazem, e como aqui "não posso fazer um boneco"... Vou continuando as minhas tentativas de esclarecimento sobre o assunto e encorajamento. Pois que o facto é que estamos a ficar cada vez mais gordos -- há que mudar qualquer coisa! Não?!?
Emagrecer pode ser um bom caminho mas para a maioria das pessoas (e isso inclui-a/o a si) a questão principal que está em primeiro lugar; primordial; o mais importante; essencial; fundamental;
é conseguir manter v. refl., conservar-se; aguentar-se; resistir com êxito. o peso actual!
Se não sabe manter, para quê emagrecer? (Não estou a perguntar "porquê" emagrecer...)
Se pensar no historial do seu peso verá que este é um ponto que pode ser muito válido e bom para reflectir, antes de fazer promessas de Ano Novo que não pode cumprir... Enquanto pensa e reflecte: - não faça dietas (que sei que não gosta) - faça exercício físico moderado 5 a 7 vezes por semana (caminhadas de 30 minutos por exemplo, ou que gostar), - coma fruta e verduras todos os dias (as que gostar) - coma mais cereais integrais que refinados (os que gostar: se não gosta, aprenda a gostar!) - tome sempre o pequeno almoço (o que gostar e também o que for saudável) - e sorria (se gostar...)
Comentario: Com a participação no blogue de profissionais de varias "escolas" de conhecimento e pessoas anónimas ou outros desejo "enriquecer" a informação e proporcionar "alimento pró pensamento" a todos os interessados. "Estamos Todos no mesmo Barco"... "Juntos Conseguimos Aquilo que Sozinhos Não Somos Capazes". Desde ja agradeço à Dra. Madalena Munoz pela sua participação e um grande bem haja.
“A anorexia nervosa (AN) é uma doença relacionada com o comportamento alimentar. A característica mais comum é a perda de peso, associada a uma progressiva mudança de comportamento (medo de engordar). A perda de peso é lenta mas progressiva e, normalmente, tem início com uma dieta normal, podendo também ocorrer de forma brusca como consequência de uma determinada restrição alimentar. É designada de privação alimentar (jejum provocado e ou forçado, jejum prolongado ou ingerir alimentos com baixo teor de calorias). E um termo psiquiátrico e é a doença psiquiátrica que apresenta mais fatalidades – 20% das pessoas com esta doença vêm a falecer. Normalmente é tratada como uma doença mental (psiquiátrica) cuja nucleo, centra-se na família disfuncional e outros factores que incluem: a natureza da personalidade da rapariga/rapaz em causa, como por exemplo, a forma de relacionamento entre membros da família, problemas fora do contexto familiar, sobretudo na escola (pressão de pares), abuso, e factores genéticos. Na abordagem médica, normalmente, o aspecto adictivo é ignorado.
A anorexia nervosa é uma doença do comportamento alimentar em que o indivíduo luta de forma a manter um baixo consumo de alimentos, com episódios esporádicos de ingestão de alimentos a que alguns chamariam de alimentação moderada. Todavia, para a pessoa com A.N., estes episódios esporádicos são interpretados como inaceitáveis, terríveis binges (ingestão compulsiva, voracidade, empanturrar-se), com uma forte relação com a imagem corporal distorcida (dismorfia corporal). A maioria dos anorécticos utiliza manobras purgativas (vomitar, usar laxativos e/ou outros métodos de eliminação de alimentos) depois de um episódio de binge (ingestão compulsiva, voracidade, empanturrar-se).
A anorexia nervosa parece ser mais da área da psiquiatria do que da adicção. As pessoas com anorexia nervosa revelam mais do que pensamento e comportamento disfuncional, em relação à alimentação, pode envolver outras áreas. Em alguns casos a família é super controladora, demasiado protectora, e podem existir outros problemas que vão além da adicção na família. Generalizando, a maioria dos anorécticos não responde positivamente ao modelo de tratamento da adicção, mesmo sendo numa boa instituição.
Adicção á privação (jejum provocado, jejum prolongado ou ingerir alimentos com baixo teor de calorias) – a privação influencia e interfere em muitos neurotransmissores (cerebro) e outros agentes bioquímicos. Neste sentido, é plausível tornarem-se adictos aos próprios agentes bioquímicos. Evitar a ingestão compulsiva/voracidade – A maioria dos anorécticos sentem um medo tremendo de comer (pânico), nas suas mentes surge o medo de não conseguir parar de comer. Este medo pode ter a origem no peso exagerado (passado) e ou obesidade na família.
Restringir/privação vs. Purgar alimentos (Manobras de Purgativas) - Muitos anoréxicos intercalam entre episódios de ingestão compulsiva de alimentos (voracidade, empanturrar-se - binge) vs. vomitar, usar laxativos e/ou outros métodos de eliminação de alimentos - (purge), apesar das regras auto impostas, muito restritas e rígidas, quanto à alimentação. È possível ser anoréxico e bulímico, ao mesmo tempo. Existem dois tipos de Anorexia Nervosa:
Anorexia Nervosa Restritiva - É caracterizada por uma dieta rigorosa e recusa em manter um peso normal e a Anorexia Nervosa
Compulsiva/Purgativa (também designada por Anorexia Nervosa Bulimica) - Aqui predominam as crises bulimicas e os comportamentos para evitar o aumento de peso. Os critérios de diagnóstico para a Anorexia Nervosa são: Recusa em manter o peso corporal para a idade e altura.
Efeitos da privação / jejum provocado – alteram o equilíbrio neuroquimica e as funções do organismo. O efeito, no cerebro (sistema límbico) parece ser semelhante aqueles encontradas nas drogas estimulantes do sistema nervoso central.