Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.
Contra o estigma, a negação e a vergonha associados aos comportamentos adictivos. O silêncio não é seguramente a melhor opção para a recuperação; ninguém recupera sozinho.
A sociedade moderna, foi sendo educada a confiar a terceiros, competências essas, que em última instância serão nossas. Um bom exemplo disso será a educação dos nossos filhos, a gestão das nossas casas, a nossa saúde e também a nossa segurança.
Os governos manipulam as pessoas, mediante interesses financeiros e criam melhores ou piores condições de vida consoante as necessidades dos mercados, hoje em dia existe um novo tipo de escravatura. Escravatura, que será mais dissimulada, talvez até pelo adormecimento de grande parte da população, mas também porque as pessoas foram ensinadas a viver (fuga/evitamento) com medos. Alguns exemplos, medo da religião, medo dos governos, medo dos patrões, medo … medo e mais medo!
Provavelmente, são poucos, aqueles que conseguem viver realmente livres … livres de medos infundados, livres nas suas atitudes e livres, na sua forma geral, de viverem em plenitude este dom que temos que é a vida !
Basta recuarmos, alguns seculos, e as pessoas viviam em pequenos grupos, e era nesses grupos que estabeleciam regras para o funcionamento da comunidade. Plantavam em comum, viviam em comum e a defesa das suas aldeias era feita por todos. Completamente alheios, em grande número dos casos, a leis e regulamentações impostas por terceiros, escolhiam viver as suas próprias leis e tradições.
O que nós observamos, hoje em dia na nossa sociedade, são cidades sobrelotadas e onde, apesar de existirem tantas pessoas, os níveis de isolamento são cada vez maiores.
Não é de estranhar observarmos alguém ser assaltado em plena luz do dia e apesar de dezenas de pessoas assistirem ao assalto, nenhuma tem sequer iniciativa para tentar ajudar a vítima.
Imagine este cenário: Você está em sua casa, tranquilo com a sua família a assistir a um filme depois de um dia cansativo de trabalho, e de repente, entram 3 homens mascarados em sua casa e depois de o espancarem a si, violar a sua mulher e maltratar os seus filhos, roubam tudo o que têm e pelo qual tanto trabalharam. Quais os tipos de cicatrizes emocionais deixará a todos, até ao final das vossas vidas ? Algum dia conseguirão superar a dor de tal agressão? Muito dificilmente.
A Defesa Pessoal: em prol da nossa integridade
A defesa da nossa integridade e de todos os nossos entes queridos, cabe a nós de a assegurar, esqueçamos a polícia e os vizinhos, esqueçamos todas as pessoas que moram no prédio, pois muito dificilmente alguma correrá em seu auxilio. A defesa pessoal é a forma mais básica que possuímos, refiro-me ao nosso instinto natural de sobrevivência, face a uma agressão, podermos reagir da forma correta e eficaz, e na mesma proporção de força perante determinada ameaça.
Dedique três ou quatro horas da sua semana, seguindo um programa eficaz de defesa pessoal, onde profissionais competentes o ensinam a dominar técnicas, a dominar a sua mente e reações? A sua vida e a da sua família não valerão muito mais?
Além disso junta o útil ao agradável, pois juntamente com o facto de estar a aprender a defender-se, também estará a praticar exercício físico e a sua saúde agradece! Se desejar saber mais sobre a Defesa Pessoal contacte-me.
Comentario: Os meus agradecimentos ao João Carvalho (Personal Trainer) pela sua contribuição no Recuperar das Dependências. Tal como refere no seu artigo, e também partilho da mesma ideia, de facto, estamos expostos a niveis elevados e preocupantes de insegurança, de exposição ao risco e à violência gratuita, para constatar esta realidade, basta ligar a televisão e ler nos jornais diarios.
A defesa pessoal é uma actividade fisica onde aprendemos a estar mais seguros, porque adquirimos competencias (técnicas e pequenas dicas) e ficamos mais habilitados a prevenir e ou intervernir em situações criticas, caso seja necessario. Todavia, considero a defesa pessoal, como mais uma, entre muitas, actividade fisica salutar e promotora de qualidade de vida onde se priveligia a camaradagem, entre ajuda, o convivio, a concentração e a disciplina, o contacto fisico, a resistencia fisica e mental ao esforço e ao desenvolvimento de competencias geradoras de autoestima (auto conceito) e resiliência. Se está em recuperação dos comportamentos adictivos pratique exercicio fisico.
Desde muito cedo aprendemos que o tempo útil disponível aparenta ser insuficiente. Todos nós vivemos num corrupio diário, capaz de gerar emoções muito dolorosas (stress), como se o nosso bem-estar e a qualidade de vida dependessem disso e andamos uma parte muito significativa das nossas vidas sempre ocupados e preocupados com as contas, com os estudos, com o trabalho, com os pais, com os filhos, com a alimentação, com as compras mais variadas e as arrumações, com o patrão, com o emprego, com a mulher/marido, com a empresa, com as dietas, com o exercício físico e a imagem, com a saúde, com a casa, com o dinheiro, com a família, com o/a parceiro/a, com o sucesso e o prestigio, com a perfeição e o controlo (poder), com a falta de tempo, mas também acontece, por irónico que seja, quando não estamos ocupados também ficamos preocupados. A vida é difícil.
Progressivamente, vamos acumulando e sobrecarregando a nossa limitada agenda com tarefas e/ou compromissos urgentes e importantes. Na maioria dos casos, tudo é urgente, para ontem de preferência. Através deste tipo de comportamento problema podemos ficar vulneráveis e expostos à adversidade e/ou à doença, por ex. comportamentos adictivos (substâncias licitas, incluindo o álcool, as ilícitas, o jogo, o sexo, o distúrbio alimentar, as compras - shopaholics, o shoplifting - furto. Determinados atitudes e comportamentos geradores de desconforto podem despoletar o mecanismo (ex. prazer, bem estar, procura do alivio do sofrimento e/da apatia, do aborrecimento, da depressão ou da ansiedade) que supostamente nos protege da dor (tipo efeito amortecedor) mas na realidade e progressivamente, conduz-nos no sentido contrario, da dependência e mais sofrimento.
Quando pensamos nos grandes desejos, comuns a todos nós, não será incorrecto afirmar que um deles é viver durante muito tempo, com qualidade de vida (saúde, alegria, vigor, motivação, etc)
Apesar de estarmos todos de acordo, porque é que para algumas pessoas os anos parecem não passar e outras carregam o peso dos anos de forma mais evidente?
De forma consciente ou inconsciente, vamos criando hábitos que nos podem aproximar ou afastar desse objectivo, desse estado de equilíbrio, que podemos designar de Wellness (em tradução livre; bem-estar físico, mental e emocional, que nos permite encontrar estabilidade e ser resilientes).
Ganhamos peso, começamos a fumar, paramos de fazer desporto, criamos maus hábitos alimentares, chega o dia em que estamos tão afastados deste estado de equilíbrio, que já não sabemos muito bem como fazer marcha atrás. Com a motivação errada, conseguimos mudar os hábitos que vamos desenvolvendo ao longo da vida e que nos fazem sentir seguros e confortáveis, nos mais variados aspectos, sejam eles físicos, emocionais, espirituais ou intelectuais, quando na realidade só nos afastam do Wellness. Aquilo de que precisamos é de um pequeno empurrão que deve vir de dentro de nós e se chama - Motivação.
Assim, o primeiro passo é tomar consciência dos aspectos da nossa vida que precisam de mais atenção e focarmo-nos neles. Se necessário, podemos recorrer a ajuda profissional e/ou técnicos qualificados, ex. personal trainer, health clubs, ginásios. Em seguida, devemos procurar quebrar esses hábitos que nos servem que nem uma luva, mas que não nos protegem verdadeiramente contra o que é negativo e nos afasta desse estado de alegria e vigor… a que aspiramos.
Urge então que assumamos a responsabilidade sobre as nossas escolhas, seja nos hábitos alimentares, nos pensamentos que deixamos que controlem a nossa vida, acreditando que o que pensamos (atitude) define o que alcançamos e iniciar a pratica da actividade física adequada a cada fase da nossa vida. Desta forma, ganhamos controlo sobre a forma como vivemos, a cada momento, e como iremos envelhecer, já que este é um processo dinâmico e irreversível, apoiado nas nossas escolhas desde que sejam as certas, podendo assim, direccionar numa existência de sucesso e nos sintamos realizados no caminho.
Todos nós concordamos que prevenir é melhor que remediar, se desejamos viver mais tempo e melhor, aqui vai uma dica para o ajudar. É possível praticar actividade física, adaptada ao momento que está a viver. Nem mais nem menos!
Ao exercitarmo-nos criamos novas sinapses cerebrais; ajudando a diminuir os efeitos negativos do stress, aumentar o nível das chamadas hormonas da felicidade (endorfina e dopamina), minimizamos os efeitos físicos das emoções negativas, ex. como problemas de sono, falta de apetite, ansiedade, entre outros, e melhoramos a nossa a acuidade mental (ex, discernimento, concentração e a memoria) e o nosso bem-estar emocional.
Assim, ao criar e manter hábitos de desporto durante toda a vida, conseguimos manter o nosso corpo e o nosso cérebro mais jovem e tornamo-nos mais resilientes perante as contrariedades da vida.
Por isso, pela sua saúde, mexa-se…e se precisar de dicas envie um email.
Carla Alexandra Santos
Personal Trainer (PT)
Instrutora das seguintes modalidades: Body Combat, Body Balance, Body Pump, Pilates e Localizada, em diversos ginásios e health club’s na zona do Porto.
Endereço electrónico: carlasantos702@gmail.com
Comentário: Os meus agradecimentos à Professora Carla Santos pela sua participação no Recuperar das Dependências. A actividade física assume uma relevância, muito significativa, nos hábitos e rotinas do dia-a-dia, assim como, são amplamente reconhecidos os seus benefícios para a saúde física, mental.
Um dos benefícios que gostaria de destacar é a questão social. Conhecemos novas pessoas e estabelecemos relações de amizade e de intimidade, visto existir um propósito em comum; a actividade física. Conseguimos quebrar barreiras à comunicação e explorar o potencial (características/competências) que cada um encerra. Aprendemos novas sinergias (ex. motivação) e a competir de uma forma saudável, ultrapassando os nossos próprios limites físicos (ex. resistência). Mexa-se, e saia da "caixa" do isolamento e a autopiedade.
A modalidade de Indoor Cycling, surge através de Johnny Goldberg (Johnny G) na década de 80. É uma de aula de grupo, realizada em ginásios e health club’s em bicicletas estacionárias com resistência manual e ao ritmo de música, cujo lema adoptado foi: “As pedaladas mais importantes que podes dar na tua vida são as que direccionas para ti próprio".
Os praticantes são conduzidos por um instrutor/a, que vai criando um envolvimento “imaginário”, por ex. rectas, subidas e descidas, visando a motivação do grupo. Cada participante, ajusta a resistência da bicicleta, em função da música, imaginando o cenário e tendo em conta as suas próprias capacidades.
No entanto, apresentando-se como uma aula de grupo, o Indoor Cycling não possui grande vocação para responder às exigências e necessidades individuais dos praticantes sendo a intensidade de esforço, habitualmente, determinada pelo professor em função do ritmo musical “imposto” (Batimento Por Minuto) e não em função das capacidades e/ou objectivos dos praticantes (Garganta, 2005).
Desde o seu lançamento, seguiu-se uma ampla proliferação de programas de Indoor Cycling, alguns deles associados a fabricantes de bicicletas: TrebiSpin, RPM, Cycle Reebok, Tomhawk, SchwinnIndoorCycling, Top Ride, entre outros.
Nas aulas de Indoor Cycling, existe um planeamento específico do desenvolvimento da capacidade anaeróbia. A pertinência do treino com componente anaeróbia justifica-se pelo facto deste ser requisitado, inclusivamente, nas tarefas do quotidiano, em momentos de realização de esforços de curta duração e de máxima intensidade, nomeadamente em situações de stress ou lazer onde subitamente, é necessário fazer uma corrida curta e rápida. Aliás, estudos recentes têm demonstrado a importância do exercício vigoroso para a saúde, afirmando-se inclusive que as actividades físicas vigorosas possuem inúmeros benefícios para a saúde (Jjogaard et al., 2008; Swain & Franklin, 2006). Este exercício denominado vigoroso (ACSM, 2006) comporta repetições ou séries de trabalho com predomínio do metabolismo anaeróbio. Não obstante, um dos problemas que se coloca à utilização de trabalhos de elevadas intensidade advém da heterogeneidade das classes e principalmente do desconhecimento relativo à possível falta de aptidão de alguns dos sujeitos para a prática deste tipo de exercício.
Nesta altura é um tema que tem gerado imensa polémica por causa da nova lei anti-tabaco. Na minha opinião, ainda bem, contudo acabará por passar e só mais tarde iremos avaliar os benefícios. Pessoalmente, já encontrei imensos. Penso que esta nova lei pode suscitar um despertar de consciência individual/publico do problema associado ao tabaco e assim contribuir com um pequeno empurrão junto daqueles que contemplam parar de fumar, bem como, melhorar os ambientes fechados - livres de fumo.
A grande maioria dos adictos a drogas, incluindo o álcool, fumam tabaco há já alguns anos, antes mesmo de inicarem os consumos das drogas lícitas, incluindo o alcool, e as ilícitas. Muitos começam a fumar tabaco no inicio da pré-adolescência, mesmo antes de algum dia pensarem em consumir outro tipo de drogas. Para alguns especialistas é o inicio do processo adictivo a substâncias alteradoras do humor (Dr. Abraham J. Twerski) – “portas” que se abrem sucessivamente umas as outras.
O inicio do consumo de tabaco é como um ritual de passagem para a idade adulta onde se procura a independência e a autonomia – esta cultura, tal como acontece com o consumo de bebidas alcoólicas, é passada de geração em geração. Apesar de o tabaco ser uma substância toxica e adictiva, a curiosidade de experimentar e a sensação de impunidade e invencibilidade (risco e perigo), a pressão do grupo de pares, são algumas das características comuns da maioria dos jovens que se sobrepõem ao bom senso (contemplar os benefícios a médio e longo prazo (ex. saúde e aspectos financeiros; poupança), a assertividade (ex. dizer não quando sujeito á pressão dos amigos), resiliência, interpretação correcta das mensagens (ex. publicidade), a informação e discussão aberta do assunto. Muitos jovens afirmam “Dizem por aí que faz mal à saúde e à carteira,... então porque é que os meus pais, tantos jovens e adultos continuam a faze-lo?!!"
Na verdade, é uma acto social (status) puxar de um cigarro, de um charuto ou cachimbo, mesmo sabendo que prejudica a própria saúde e a dos outros (fumadores passivos).
Como se sabe a nicotina é uma droga (alcalóide da planta do tabaco e uma substância estimulante adictiva) que provoca dependência. Afecta a parte física, mental e espiritual, não religioso sem dogmas e divindades, do indivíduo (afecta a forma como o individuo sente, pense e age). Alguém que esteja dependente de nicotina sabe perfeitamente os sintomas do síndroma de privação – abstinência. Alguns sintomas, ex. excitação, impaciência, irritabilidade, depressão, ansiedade e agressividade, má disposição, dificuldade de concentração que pode diminuir a atenção ou memória, aumento do apetite e do peso corporal e diminuição da frequência cardíaca.
Após fumar um cigarro, o individuo passado uns minutos começa aquela vontade de fumar outro cigarro. Uma vontade “inofensiva” que permanece na mente do fumador “Vá lá... já fumava outro cigarrinho”. Vontade que se não for saciada nesse momento pode tornar-se numa preocupação “Então?!...Vá lá...Puxa lá do cigarro... e acende-o.” E este tipo de preocupação tem tendência a tornar-se mais exigente, desconfortável e irracional, como quando se está com fome ou sede. Não se olha a meios para atingir os fins. Porque será que grandes negócios se realizam á mesa de um restaurante?
Na minha opinião, tal como já foi referido neste blogue varias vezes, este mecanismo faz parte de um conjunto de sistemas associado à adicção (comportamentos adictivos). A relação do individuo e as substâncias psicoactivas, neste caso o tabaco, é um instinto que está ligado a nossa parte animal e primitiva das nossas atitudes e comportamentos. Perante a dependencia, é a nossa “sobrevivência” que naquele momento está em causa (busca de prazer e recompensa). Aprendemos a depender deste mecanismo (lógica adictiva) para sobreviver perante a adversidade (ex. sintomas desconfortáveis e dolorosas do síndrome da abstinência). Ninguém gosta de sofrer e todos “fugimos a sete pés” do desconforto e procuramos atalhos associados á componente do prazer, do bem-estar e da recompensa. Acabamos por acabar presos nesta “teia” – num ciclo adictivo. Como dizia uma colega “efeito pescadinha rabo-na-boca”.
Quando alguém afirma que adora fumar e que nem sequer contempla parar de fumar, compreendo o seu elevado grau de satisfação (bem-estar, recompensa) enquanto fumador. Mas se colocar os aspectos positivos e os aspectos negativos , na balança decisória para onde é que pendem os pratos da balança? Como é que a dependência do tabaco afecta a liberdade de escolha e a qualidade de vida de cada indivíduo no seu dia-a-dia?
Gostaria de salientar que a dependencia do tabaco em cada indivíduo é um caso a ponderar e um diagnostico diferenciado. Existem pessoas que pura e simplesmente deixam de fumar e assim permanecem durante longos períodos de tempo, orgulhosos e satisfeitos com as suas decisões. Enquanto outros não querem parar de fumar, outros ainda contemplam um plano para parar de fumar, mas ainda nada está decidido, permancem em negociação e ambivalência vários meses ou anos, outros individuos fazem varias tentativas para parar de fumar curtas e sucessivas sem sucesso, e ao mesmo doloroso associado ao sindrome da abstinência, onde identificam uma sensação amarga de derrota e desilusão, visto não conseguirem permanecer o tempo desejado “livres” do tabaco.
Será que o receio de falhar, a frustração e dor podem ser uma barreira? Será que ponderar e centrar-se, seriamente nos aspectos positivos de párar de fumar podem ser uma forte motivação capaz de gerar sucesso e auto-realização? Será relevante identificar as barreiras e as situações de risco de deslizes e recaídas ? Porque será que muitos fumadores deixam de fumar depois de o seu medico informar que podem estar em risco de contrair uma doença grave? Mais uma vez, o problema não se pode colocar na substância, mas sim nas pessoas. Cada caso um caso.
Para aqueles individuos que estão em tratamento, em regime de internamento de substâncias licitas ou ilícitas (drogas, incluindo o álcool), que desejam ou contemplam a vontade de parar de fumar considero que esse seja o momento oportuno para parar de fumar e pedir ajuda. Hoje existem recursos e alternativas viáveis e de confiança.
Muitos adictos em recuperação das substâncias lícitas, inlcuindo o alcool, e as ilícitas, após um período significativo de tempo os primeiros cinco anos, se interrogam seriamente sobre a sua dependência do tabaco e identificam opções mais saudáveis e geradoras de motivação e qualidade de vida. “Se muitos conseguem, deixar de fumar, porque é que não hei-de também conseguir?! “
A vida tem um fim para todos. Ninguém sabe quando e como, o que por vezes torna a perspectiva da morte (medo do desconhecido) assustadora. Será que o final de vida termina abruptamente, de repente?! Por ex. acidentes e/ou doenças, culminando com situações devastadoras e extremamente dolorosas. Perder o controlo e não realizamos os nossos sonhos e ambições.
A recuperação da adicção activa permite aos adictos pensar, com uma consciencia honesta, nas suas escolhas e adoptar hábitos e rotinas de vida saudaveis. Em recuperarção contemplam e ambicionam com objectivos de vida, que outrora não considerariam possível atingir; é um processo espiritual, não religioso sem dogmas ou divindades (relação com as outras pessoas e com um poder Superior), dinâmico e de auto realização. Para alguns, são os sonhos e a ambições que se tornam realidade.
Não precisamos de ser adictos para ficarmos extasiados de gratidão quando sentimos que houve uma transformação interior, algo cresceu, quando nos tornamos pessoas melhores. Por ex. quando partilhamos uma experiência enriquecedora com outra pessoa. Quando ouvimos relatos de pessoas que conseguiram superar doenças e ou os seus “fantasmas”. Somos uns sobreviventes. Viver o momento permite usufruir da liberdade de escolha. Dizer e afirmar Não, sem sentir culpa, quando pensamos, passivamente, em dizer sim. Ser assertivo, em vez de passivo ou agressivo
Na minha perspectiva, é um passo significativo na recuperação quando se pára de fumar e se encara a realidade sem substâncias alteradoras do humor (adictivas) lícitas e ou ilícitas. Recuperar é que está a dar. Nesse sentido, “bem-vindos ao clube”.
Departamento de Engenharia Informática Universidade de Coimbra Stress Comunicação Técnica Profissional Luis Fernando Lopes Alvaroalvaro@student.dei.uc.pt
Introdução Com o aumento do ritmo de vida nas sociedades actuais são cada vez mais comuns as pessoas que sofrem de stress e cada vez se vendem mais medicamentos relacionados com o stress. Se ainda não sabe descubra o que é o stress, como surge e como o pode evitar.
O que é o Stress? Stress é uma tensão de origem, normalmente, inconsiente que pode adoptar formas orgânicas ou psicológicas. O termo "Stress" nasceu no campo da arquitectura e da física e referias-se à acção de alguns agentes externos que produziam mudanças nos materias de construção. Somente nos anos trinta o Fisiólogo Hans Selye começou a usar o termo stress para explicar os fenómenos externos que pressionavam um individuo e lhe provocavam reacções. Hoje em dia os fenómenos são chamados de stressores e o termo stress refere-se á reacção do individuo em si. Ao contrario do que se possa pensar o Stress não é negativo, bem pelo contrário, é fundamental para podermos fazer frente ás novas situações que nos surgem no quotidiano. É mesmo essencial para o nosso organismo manter as defesas sempre em alerta.
Distress O Stress , normalmente falado pelas pessoas como "mau" é o chamado "distress" que aparece quando o organismo não sabe adaptar-se a uma nova situação e responde de forma desmesurada ao estimulo que essa situação provoca. Neste caso o individuo fica incapaz de pensar e de se concentrar e mesmo quando o estimulo acaba o corpo não sabe como voltar ao estado normal.
Causas de Stress Qualquer situação que provoque uma mudança e exija uma adaptação do individuo pode provocar stress. O stress pode ter causas pessoais, sociais, familiares e profissionais e a probabilidade de sofrer de stress depende da personalidade da pessoa e do seu estado fisico.
As personalidades mais sujeitas a sofrer de stress são aquelas muito competitivas, exigentes com os outros e consigo mesmo, intolerantes, agressivos, sempre sob pressão e que costumam fazer várias coisas ao mesmo tempo. A tabela que se segue têm vários acontecimentos que provocam stress e se o valor acumulado ao longo de um ano for maior que 150 a pessoa tem 50% de possibilidade de sofrer de stress, se for maior que 300 esa probabilidade é de 90% Acontecimento - Valor designado
Morte do conjugue 100
Divórcio 73
Separação conjugal 65
Morte de um familiar próximo 63
Lesão grave 53
Matrimónio 50
Despedimento 47
Reconciliação conjugal 45
Reforma 45
Gravidez 40
Problemas sexuais 39
Mudanças no campo financeiro 37
Morte de um amigo intimo 36
Mudança do tipo de trabalho 35
Desembolso grande dinheiro 31
Vencimento de uma hipoteca ou prestação 30
Problemas com a lei 29
Triunfo pessoal relevante 28
Mudança de hábitos pessoais 24
Problemas com superiores 23
Mudança nas condições ou horário de trabalho 20
Mudança nos hábitos de sono 16
Férias 13
Mas também nem só os humanos sofrem de stress. Qualquer animal cujos modelos de actuação naturais sejam alterados está também sujeito a ficar stressado. Esta teoria foi provada no inicio deste século pelo Fisiologo Ivan Pavlov através de experiências feitas no seu própio cão. Essas experiências consistiam primeiramente em habituar o cão a apenas comer após o som de um apito e passado algum tempo o cão salivava cada vez que ouvia o apito. Mais tarde, Pavlov começou a aplicar descargas eléctricas ao cão ao mesmo tempo que lhe oferecia comida. O cão ficou com grandes desajustes no seu comportamento : sentava-se e levantava-se alternadamente, não parava de andar as voltas, tornou-se agressivo e irritava-se com facilidade.
Como surge? O stress não surge de um momento para outro. Desde uma pessoa no seu estado normal até uma pessoa no estado de stress vão três fases: