Empatia
Podíamos disseminar a empatia na familia, no trabalho e na sociedade. Seriamos mais felizes.
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Podíamos disseminar a empatia na familia, no trabalho e na sociedade. Seriamos mais felizes.
As pessoas mais felizes gostam de pessoas
Recebi diretamente da autora, seguidora do blogue, o livro Amor Próprio que aproveito para divulgar. Conta a história de resiliência, onde a Renata relata a sua experiência com a dependência de drogas e não só, a recuperação; a busca por um estilo de vida mais recompensador, livre de drogas e que a sua experiência possa servir de exemplo para alguém que esteja dependente e que procure um caminho para o amor próprio. A Renata, no seu livro, deixa uma mensagem de esperança; é possível recuperar da dependência. Gostaria de agradecer à autora a menção à minha pessoa no livro.
Se você deseja conhecer a história e adquirir um exemplar pode contactar com a autora através do Whatsapp 31 620378714 Holanda ou encomendar o Livro no amazon Amor Próprio, por Renata Ramos.
Olá,
não existem pessoas ou famílias perfeitas, mas existe o diálogo, o perdão e a confiança. Família, a nossa herança e identidade. A família são pessoas, todas diferentes, que não podemos escolher. Quando nascemos, existem vínculos que nos unem, como um sistema e ocupamos um determinado lugar na hierarquia/estrutura (seio familiar). Pressupõe-se que a família seja um lugar seguro (pertença e reconhecimento) e os vínculos sejam de confiança, mas na realidade, não existem famílias ou pessoas perfeitas.
Sabia que uma das fontes mais comuns de conflito reside entre membros da mesma família? Alguns exemplos mais comuns da família desestruturada; negligencia e abuso emocional, físico, sexual, relacionamento disfuncional com o dinheiro, incompatibilidade e intransigência nas diferenças de opinião, de convicções e valores (crenças retrogradas, rígidas, perfeccionistas e preconceituosas baseadas na vergonha). Entre membros da família, a raiva excessiva e o ressentimento podem conduzir à fúria, à malícia, traição, à hostilidade, ao segredo e ao ódio e em situações extremas à violência. Alguns familiares, cultivam um ressentimento de "estimação" entre si, capaz de durar uma vida inteira.
O que são os problemas na família? Qualquer acontecimento que afete, um membro da família, imediatamente, afeta todos os outros (sistema familiar). Por exemplo, se alguém fica doente, quem é que cuida da situação? Se um membro da família tem problemas com o álcool como é que o sistema familiar fica afetado? Se um pai discorda da mãe, agressivamente, qual é o papel dos filhos? Se existe um divorcio, de que forma interfere no sistema familiar?
Olá
Sentimento de posse vs. Sentimento de pertença nos relacionamentos de intimidade.
Nascemos livres e morremos livres. A uma dada altura do desenvolvimento, por exemplo, no início da idade adulta, abraçamos o desafio de seguirmos as nossas próprias convicções, ideais, crenças, necessidades, valores, através da coerência e da integridade, reconhecido pelo nosso próprio cunho/identidade. O desenvolvimento pessoal depende da liberdade de escolha e expressão, mas por outro lado, dependemos de relações significativas; sistema complexo e (des) sincronizado de dinâmicas, enraizados na cultura da família, da comunidade e da sociedade.
O sentimento de posse é o oposto ao sentimento de pertença. Se somos livres, de acordo com os direitos humanos universais, qualquer ser humano não pode ser dominado/controlado pela obsessão do outro. Erradamente, existem tradições que evocam o amor (e o sexo) e a necessidade de se sentir íntimo e especial para alguém através do sentimento de posse; é um mito.
O sentimento de posse é alimentado pela exaltação sofrida, melodramática e os jogos psicológicos de domínio (amor dependente), onde exigimos ao outro a responsabilidade em satisfazer a nossa própria felicidade fantasiosa e as expectativas irreais (vitimização). Isto é, como não conseguimos preencher as nossas próprias necessidades básicas e estar seguros, exigimos ao outro que faça o trabalho por nós; “Se realmente gostas de mim… não deves fazer isto ou aquilo… e/ou tens que fazer aquilo que te peço/imploro senão fico a sofrer por tua causa”. Nestas alturas, fazemos exigências que ninguém pode satisfazer porque são as nossas ilusões e fantasias que alimentam o sentimento de posse. Sabia que a violência doméstica está associada ao sentimento de posse?
O sentimento de pertença reforça os afetos e os limites saudáveis nas relações porque existe a liberdade de ser; é um acordo mútuo, apoiado na confiança, na honestidade e na coesão, onde ambas as pessoas têm a legitimidade à sua individualidade, ao seu desenvolvimento e crescimento. Respeitam os limites e os compromissos do acordo; vivem abertos à mudança, à lealdade, à intimidade e aos desafios do dia-a-dia. As pessoas não permanecem estáticas, pelo contrário, as pessoas mudam e o mesmo acontece aos relacionamentos. É um processo orgânico onde não existem acordos com garantia vitalícia, dependem somente da liberdade. Os parceiros pertencem ao mesmo projeto/relação de intimidade (acordo) porque se revêm nos mesmos princípios, sonhos e objetivos.
Potencie o sentimento de pertença e repudie o sentimento de posse.
Exclusivamente, para si, votos de uma semana livre nos afetos
«O amor tem a virtude, não apenas de desnudar dois amantes um em face do outro, mas também cada um deles diante de si próprio.» Cesare Pavese
Cumprimentos
Nota: caso você esteja interessado/a em receber a dica, na sua caixa de correio eletrónico, é simples, basta enviar um email para joaoalexx@sapo.pt e escreva Dica Arte Bem Viver no assunto da mensagem . Todos os seus dados são confidenciais. Bem haja
Inspirador.
A minha história começa como tantas outras. Sempre fui uma criança gordinha, mas nunca obesa, o que não me preocupava nada, até ao dia em que alguém verbalizou que eu estava gorda e precisava de perder peso. Não sei quem foi, nem quando. Só sei que me marcou profundamente. De repente, eu era diferente dos outros. Tinha peso a mais, tinha de o perder e, pior ainda, tinha de deixar de comer para o conseguir.
A partir desse momento, parecia que estava sempre alguém à espreita, pronto a apontar o dedo e a lançar um olhar reprovador, cada vez que metia um pedaço de bolo à boca. Desde então, o dedo acusador passou a estar presente em todos os momentos que houvesse comida e eu a desejasse comer.
Como criança pensei que a solução passava por comer às escondidas. Se ninguém vir o que como, é como se não acontecesse, ninguém me pode acusar ou lançar olhares reprovadores… Foi assim que aprendi a comer às escondidas. Nesses momentos, era só a comida e eu, a minha nova melhor amiga. O prazer foi crescendo, à medida que criava um mundo secreto, só meu.
Com a entrada na adolescência a situação agravou-se e o aumento de peso tornou-se evidente. A primeira reacção foi fazer de conta e evitar os espelhos. O que não se vê, não existe… Os comentários continuaram e ajudaram a que comesse cada vez mais, numa espécie de espiral compulsiva. Evitava comer em público.
As compras compulsivas são um problema actual menosprezado.
Todos os dias fazemos compras. Todos os dias, por variadíssimas razões e motivos gastamos dinheiro. Gastamos dinheiro porque estamos tristes ou porque estamos felizes. Gastar dinheiro faz parte do dia-a-dia, do ser social, da auto estima e isso é OK.
Entretanto, existe outra realidade, sobre o gastar dinheiro, que tem sido negligenciada. Somos bombardeados por um número indeterminado de estímulos para fazer compras, onde para isso, necessitamos de recorrer a estratégias altamente engenhosas para equilibrar os nossos orçamentos. Perante tanta oferta, facilmente nos iludimos com o “Preciso de comprar aquilo…” quando na realidade, “aquilo” não é uma prioridade, mas uma necessidade de satisfazer os nossos desejos e vontades com base no prazer imediato. Basta entrarmos no centro comercial e ao fim de 15 minutos, já dispomos de uma lista de coisas que precisamos de preciso comprar. Sentimo-nos bem a gastar dinheiro. Todos nós estamos sujeitos a este fenómeno, todavia gastar dinheiro compulsivamente, comportamento adictivo, está associado a uma fonte intensa de prazer e bem-estar com consequências negativas (problemas familiares, incluindo as crianças, stress, dividas, créditos,) efeito semelhante ao individuo que abusa de substâncias psicoactivas, vulgo drogas.
Estamos prestes a iniciar a época natalícia, segundo a tradição, é uma das alturas do ano que mais se gasta dinheiro. O Natal é um período crítico de risco que justifica os exageros e os excessos em relação às compras compulsivas. Por exemplo, no final de Janeiro do ano seguinte, os extractos da conta bancaria são reveladores da perda do controlo, muitas vezes fonte de discórdia e conflito entre o casal.
Durante uma consulta com Carolina (nome fictício), 32 anos, abordamos alguns dos motivos pela qual não se controla nas compras. Ela afirma "Gasto o dinheiro que faz parte do orçamento para as despesas fixas da casa e que me faz imensa falta, na realidade, após a adrenalina das compras, passado uns dias, já perdi a pica (interesse) pelo artigo novo que comprei, fica guardado no armário. No dia a seguir, encontro outro artigo novo, e imediatamente arranjo mais uma justificação para gastar mais dinheiro que não devia. Nunca é suficiente. Tenho acumulado algumas dívidas desnecessárias, por exemplo com o banco, por causa da utilização abusiva do cartão de crédito. Ando nesta compulsão há aproximadamente 10 anos."
Segundo a lógica que reforça o comportamento compulsivo não se controla nas compras porque:
Importante: Este texto foi publicado com o consentimento da Carolina (nome fictício). Os parabéns, pela honestidade e pela motivação para com a mudança de comportamento.
Comentário: O caso da Carolina é revelador da compulsão e da perda do controlo perante a sensação de prazer associado às compras. Desde a sua adolescência, ela revela ter problemas, com a baixa auto estima, assim como, em manter relacionamentos duradouros. Aparenta não possuir uma carreira profissional que lhe proporcione um propósito e segurança. Também refere, que durante períodos atribulados e de pressão, recorre às compras, a fim de ficar anestesiada e de não pensar mais no assunto. Para além da compulsão das compras outros problemas significativos; carreira profissional, relacionamentos românticos de intimidade e o corpo (imagem e peso).
De notar, que algumas pessoas, em especial as mulheres, estão mais vulneráveis e expostas à pressão e à obsessão da sociedade sobre a imagem, refiro-me ao marketing agressivo da indústria da moda. De acordo com a moda vigente, as mulheres devem seguir as ultimas tendências, isso significa, que é tema serio de conversa entre amigas.
Dicas:
Deseja obter mais orientação sobre a compulsão nas compras? Envie email joaoalexx@sapo.pt. Todos os dados são confidenciais.
Veja o trailer do filme "Confessions of a shopaholic"